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Paulo Santana
Paulo Santana02/11/2025 13:39
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A Evolução do Java: do 8 ao 25

    🚀 Do legado à inteligência artificial

    O Java é uma das linguagens mais duradouras e adaptáveis da história da computação. Desde 2014, quando o Java 8 foi lançado, a linguagem passou por um processo contínuo de modernização — acompanhando tendências como programação funcional, microsserviços, cloud-native e, mais recentemente, inteligência artificial.

    Neste artigo, exploramos a evolução do Java até o Java 25, destacando o que mudou, os pontos fortes e os desafios de cada era.

    🔹 Java 8 (2014) — A revolução funcional

    Principais mudanças:

    • Introdução das expressões lambda e da API de Streams;
    • Nova API de Data e Hora (java.time);
    • Interface funcional e Optional;
    • Default Methods em interfaces.

    Pontos fortes:

    ✅ Tornou o Java mais moderno e expressivo;

    ✅ Abriu caminho para programação reativa e paralelismo;

    ✅ Excelente performance e estabilidade;

    Pontos fracos:

    ❌ A curva de aprendizado das APIs funcionais foi alta;

    ❌ Muitas aplicações legadas demoraram a migrar;

    ❌ Ainda dependente de classes verbosas e boilerplate.

    💡 Java 8 foi o divisor de águas — o início da era moderna da linguagem.

    🔹 Java 9 a 11 (2017–2018) — Modularização e novo ciclo

    Principais mudanças:

    • Sistema de módulos (Project Jigsaw) no Java 9;
    • var para inferência de tipo local (Java 10);
    • HTTP Client nativo e remoção do Java EE no Java 11;
    • Novo ciclo de lançamentos a cada 6 meses.

    Pontos fortes:

    ✅ Modularidade e melhor gerenciamento de dependências;

    ✅ Maior velocidade de inovação;

    ✅ Java 11 tornou-se LTS (Long-Term Support) e muito adotado em produção;

    Pontos fracos:

    ❌ Migração de projetos complexos foi trabalhosa;

    ❌ Algumas bibliotecas quebraram com a modularização;

    ❌ Versões intermediárias tinham curto ciclo de suporte.

    🧱 Java 11 consolidou o novo ritmo da linguagem, já pronta para o mundo cloud-native.

    🔹 Java 12 a 17 (2019–2021) — Maturidade e produtividade

    Principais mudanças:

    • Switch Expressions simplificadas;
    • Text Blocks para strings multilinha;
    • Records e Sealed Classes;
    • Melhores Garbage Collectors (G1, ZGC, Shenandoah).

    Pontos fortes:

    ✅ Código mais limpo e expressivo;

    ✅ Melhor performance e uso de memória;

    Java 17 (LTS) tornou-se o padrão para aplicações empresariais.

    Pontos fracos:

    ❌ Ainda verboso em relação a linguagens como Kotlin;

    ❌ Adaptação lenta de frameworks antigos;

    ❌ Pouco incentivo à adoção fora do ecossistema enterprise(mercado corporativo).

    ⚙️ Java 17 trouxe estabilidade e uma linguagem mais elegante, sem perder compatibilidade.

    🔹 Java 18 a 21 (2022–2023) — Eficiência e novas arquiteturas

    Principais mudanças:

    • Virtual Threads (Project Loom) — revolucionando a concorrência;
    • Pattern Matching aprimorado para switch;
    • String Templates e novas coleções sequenciais;
    • Padronização de UTF-8 e APIs modernas.

    Pontos fortes:

    ✅ Threads leves e escalabilidade extrema;

    ✅ Simplificação de código e expressividade;

    Java 21 (LTS) — o mais eficiente e produtivo até então.

    Pontos fracos:

    ❌ Algumas features ainda em preview;

    ❌ Curva de adoção dos Virtual Threads;

    ❌ Demora de ferramentas em se atualizar.

    O Java 21 trouxe produtividade de linguagens modernas e desempenho de sistemas nativos.

    🔹 Java 22 a 25 (2024–2025) — A era da inteligência artificial

    Principais mudanças:

    • Integração com IA e aprendizado de máquina;
    • Project Valhalla — tipos primitivos otimizados;
    • Scoped Values e performance previsível;
    • Melhorias no JIT (Graal AOT + IA preditiva);
    • Foco em observabilidade e eficiência para cloud.

    Pontos fortes:

    ✅ Desempenho de nível nativo e otimização inteligente;

    ✅ Preparado para workloads de IA e big data;

    ✅ Menor consumo energético e footprint.

    Pontos fracos:

    ❌ Complexidade para novos desenvolvedores;

    ❌ Dependência de infraestrutura moderna (containers, cloud);

    ❌ Adoção ainda gradual nas empresas.

    🤖 Com o Java 25, a plataforma chega à era AI-Ready — uma JVM inteligente e autoadaptável.

    🧭 Resumo da evolução

    Ajuste de espaços entre “Java 21” e “Virtual Threads”, “Java 25” e “IA e Valhalla”;

    Substituição de “Pouca adoção” por “Baixa adoção” (mais natural em português formal);

    Revisão geral de acentuação e consistência dos termos técnicos.

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    🌐 Conclusão

    O Java soube envelhecer com elegância.

    De uma linguagem tradicional e robusta, tornou-se uma plataforma moderna, escalável e pronta para IA.

    Cada versão trouxe avanços significativos — e hoje o Java 25 representa o equilíbrio entre maturidade e inovação.

    “O Java continua provando que maturidade e inovação podem coexistir.”
    Paulo Santana .
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    Comments (3)
    William Junior
    William Junior - 02/11/2025 22:02

    Parabéns Paulo, objetivo e direto ao ponto.

    Paulo Santana
    Paulo Santana - 02/11/2025 21:30

    Valeu demais pelo feedback! 🙌


    Curto e direto: sim, o Java 25 tende a ser adotado rápido — mas para IA “de verdade” (GPU, AD, etc.) a curva será mais gradual. Eis por quê:


    O que acelera a adoção

    • LTS e GA em 16/set/2025, com builds oficiais: é o gatilho típico para migração enterprise. 

    • Ecossistema já se mexendo: Spring sinalizou suporte/Initializr “muito em breve”; AWS Lambda anunciou runtime alvo para outubro/2025; GraalVM 25 já disponível. 

    • Ganhos imediatos sem GPU: melhorias de performance (p.ex., Vector API incubando/estável ao longo das versões, compact object headers) e FFM/Panama para integrar libs nativas/ONNX. Ótimo para inference em CPU e bindings nativos. 


    Onde deve haver resistência (IA “AI-Ready”)

    • Babylon/HAT (GPU, code reflection) ainda é terreno em evolução; há demos e talks fortes, mas muitas empresas esperarão maturar, padronizar toolchains e drivers (CUDA/ROCm). 

    • Frameworks e plataformas ainda chegando ao “OK oficial” — p.ex., Quarkus diz que roda em 25 com alguns avisos e tem WG ativo para suporte pleno. Enterprises costumam esperar essa borracha carimbar

    Arthur Carneiro
    Arthur Carneiro - 02/11/2025 15:47

    Post muito completo e didático! Adorei como você mostrou a evolução do Java até a era AI-Ready, destacando pontos fortes e desafios de cada versão. Você acha que empresas vão adotar rapidamente o Java 25 para projetos de IA ou ainda haverá resistência devido à complexidade e infraestrutura necessária?