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Andre Silveira29/10/2025 07:38
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Como funciona a Autenticação por Identidades Gerenciadas no Azure

    A autenticação moderna no ecossistema de nuvem do Azure, facilitada pelas identidades gerenciadas, é um pilar fundamental da estratégia de segurança "segredo zero". Quando um aplicativo cliente solicita um token de acesso usando uma identidade gerenciada, ele está, na verdade, pedindo uma prova de identidade criptográfica para se apresentar a um recurso de destino, como o Key Vault. A base desse token não é uma senha, mas sim a representação formal desse aplicativo dentro do sistema de identidade centralizado do Azure.

    O alicerce ou a "base" de qualquer identidade gerenciada, seja ela atribuída pelo sistema ou pelo usuário, é a entidade de segurança (conhecida como Service Principal). Quando uma identidade gerenciada é habilitada para um recurso do Azure (como uma VM ou um App Service), o Azure cria um registro formal para esse recurso dentro do Microsoft Entra ID (antigo Azure Active Directory). Esta entidade de segurança é a identidade concreta; é o "sujeito" ao qual as permissões, como as funções RBAC (Role-Based Access Control) que atribuímos anteriormente, são concedidas. Portanto, o token de acesso é "baseado" nessa entidade, pois ele é a prova de que o solicitante é quem essa entidade de segurança diz ser.

    O token em si, que serve como a manifestação tangível dessa identidade, é um JSON Web Token (JWT). A segurança e a validade desse token não derivam de um segredo compartilhado, mas sim de sua assinatura digital, que é fornecida pelo próprio Microsoft Entra ID atuando como o serviço de autenticação. Como discutimos, é essa assinatura criptográfica que garante ao recurso de destino (como o Key Vault) que o token é autêntico, íntegro e não foi falsificado por um terceiro. O token contém "reivindicações" (claims) que detalham quem é o solicitante (o ID da entidade de segurança) e para qual recurso (audiência) ele foi emitido.

    Em suma, a base do token de acesso solicitado por uma identidade gerenciada é a entidade de segurança registrada no Microsoft Entra ID, que serve como o pilar de identidade do aplicativo. O token é a prova criptográfica dessa identidade, materializada em um JWT assinado digitalmente, que permite ao aplicativo autenticar-se em outros serviços do Azure sem a necessidade de gerenciar ou expor senhas e chaves secretas no código-fonte.

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    Comments (3)

    AS

    Andre Silveira - 29/10/2025 18:55

    @Dio Community, acredito que o maior desafio quando se migra qualquer sistema dentro de um banco é definir como funcionará a arquitetura. Certamente ela será mista, mas quanto será de servidor dedicado, quais aplicações vão ra nuvem? A gestão do RH? Aplicativos mais modernos? O que acontece com toda codificação cobol? O simples fato de ser confiável ao longo de décadas é suficiente para barrar a implementação das arquiteturas mais modernas? Quanto de quê? Essa definição técnica e negocial que vai dar o tom da nuvem dos sistemas críticos, inclusive financeiros e bancários. No que diz respeito a segurança em particular me chama a atenção os níveis de acesso, quem vai ter qual poder e como gerenciar isso com mão firme sem perder a agilidade? Espero ter ajudado.

    DIO Community
    DIO Community - 29/10/2025 14:33

    Excelente, Andre! Que artigo cirúrgico e essencial sobre Identidades Gerenciadas no Azure! Você tocou no ponto crucial da segurança cloud: a estratégia “segredo zero” (zero secrets).

    É fascinante ver como você desmistificou o mecanismo de autenticação server-to-server no Azure, mostrando que a Identidade Gerenciada (Managed Identity) é a prova de identidade criptográfica que o aplicativo usa para se apresentar a um serviço de destino (como o Key Vault).

    Qual você diria que é o maior desafio para um desenvolvedor ao migrar um sistema de core banking para uma arquitetura cloud-native, em termos de segurança e de conformidade com as regulamentações, em vez de apenas focar em custos?

    AS

    Andre Silveira - 29/10/2025 07:43

    imageUm desenho pra facilitar o entendimento