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Wiliam Melo
Wiliam Melo21/11/2025 20:55
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Computação em Nuvem: Análise Crítica das Vantagens e Desvantagens na Adoção Corporativa

    COMPUTAÇÃO EM NUVEM: ANÁLISE CRÍTICA DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS NA ADOÇÃO CORPORATIVA

    RESUMO

    A computação em nuvem revolucionou a forma como empresas e usuários gerenciam seus recursos tecnológicos, oferecendo acesso remoto a infraestruturas, plataformas e softwares via internet. Este artigo apresenta uma análise detalhada das principais vantagens e desvantagens da adoção de serviços em nuvem, baseando-se em estudos recentes e nas experiências de implementação das principais plataformas do mercado: Amazon Web Services, Google Cloud e Microsoft Azure. Através de revisão bibliográfica, identificamos que enquanto a nuvem proporciona benefícios significativos como redução de custos, escalabilidade e acessibilidade, também apresenta desafios relacionados à segurança, dependência de conectividade e questões de conformidade regulatória. Os resultados demonstram que a decisão de migração para nuvem deve ser estratégica, considerando o perfil organizacional e os requisitos específicos de cada negócio.

    PALAVRAS-CHAVE: Computação em Nuvem, Vantagens, Desvantagens, Cloud Computing, Segurança da Informação

    1. INTRODUÇÃO

    A computação em nuvem representa um dos avanços tecnológicos mais significativos das últimas décadas, transformando radicalmente o paradigma de utilização de recursos computacionais. Segundo pesquisa da SAS Brasil realizada em 2020, cerca de 80% das empresas latino-americanas já possuem ou planejam implementar projetos baseados em computação em nuvem nos próximos 12 meses, evidenciando a crescente relevância desta tecnologia no cenário corporativo.

    Definida como um modelo de processamento onde recursos computacionais são oferecidos como serviços através da internet, a computação em nuvem permite que organizações e usuários acessem infraestruturas tecnológicas sem necessidade de investimentos pesados em hardware e manutenção de data centers locais. Este modelo de prestação de serviços tem atraído empresas de diversos portes e segmentos, desde startups até grandes corporações multinacionais.

    Entretanto, apesar do crescimento acelerado e dos benefícios amplamente divulgados, a adoção da nuvem ainda enfrenta resistência em diversos setores, principalmente devido a preocupações relacionadas à segurança da informação, privacidade de dados e dependência de fornecedores externos. Este cenário paradoxal, onde convivem entusiasmo pela inovação e receio pelos riscos, torna fundamental uma análise equilibrada das vantagens e desvantagens desta tecnologia.

    O presente artigo tem como objetivo apresentar uma avaliação crítica e abrangente dos benefícios e desafios associados à utilização de serviços em nuvem, proporcionando subsídios para que gestores e profissionais de tecnologia possam tomar decisões mais informadas sobre a adoção desta plataforma em suas organizações.

    2. PRINCIPAIS VANTAGENS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

    2.1 Redução de Custos Operacionais

    Uma das vantagens mais significativas da computação em nuvem reside na substancial redução de custos operacionais. O modelo tradicional de infraestrutura de TI exige investimentos consideráveis em aquisição de servidores, sistemas de armazenamento, equipamentos de rede, além de despesas contínuas com energia elétrica, refrigeração e manutenção física.

    Na nuvem, as organizações adotam o modelo de pagamento por utilização, eliminando a necessidade de grandes investimentos iniciais em capital. Conforme destacado na pesquisa bibliográfica, empresas que migram para a nuvem não precisam mais arcar com custos de aquisição de hardware, aluguel de espaço físico dedicado ou manutenção de equipes especializadas para gerenciamento de infraestrutura.

    Além disso, a nuvem permite maior previsibilidade orçamentária, transformando despesas de capital em despesas operacionais. As organizações pagam apenas pelos recursos efetivamente utilizados, podendo ajustar sua capacidade conforme as necessidades do negócio, evitando investimentos em infraestrutura ociosa durante períodos de baixa demanda.

    2.2 Escalabilidade e Elasticidade

    A capacidade de escalar recursos de forma rápida e eficiente constitui outra vantagem fundamental da computação em nuvem. Diferentemente dos ambientes tradicionais, onde a expansão de capacidade pode levar semanas ou meses, os serviços em nuvem permitem o ajuste de recursos em questão de minutos.

    Um exemplo prático dessa vantagem pode ser observado em situações de crescimento súbito de demanda. Conforme ilustrado no documento base, um site que normalmente recebe 1.000 acessos diários pode, ao utilizar plataformas como Microsoft Azure, escalar automaticamente seus recursos para suportar 10.000 acessos por hora sem interrupção do serviço.

    Esta elasticidade beneficia especialmente empresas com cargas de trabalho variáveis, permitindo expansão durante picos de demanda e redução em períodos de menor atividade, otimizando custos e garantindo desempenho adequado.

    2.3 Acessibilidade e Mobilidade

    A computação em nuvem elimina as barreiras geográficas tradicionais dos sistemas de TI. Usuários podem acessar aplicações, dados e serviços de qualquer local com conexão à internet, utilizando diversos dispositivos como smartphones, tablets, notebooks ou desktops.

    Segundo análise apresentada no estudo base, 14% das empresas de TI identificam a acessibilidade como principal vantagem da nuvem. Esta característica tornou-se especialmente relevante no contexto da pandemia de COVID-19, quando muitas organizações precisaram implementar rapidamente soluções de trabalho remoto.

    A mobilidade proporcionada pela nuvem aumenta significativamente a produtividade das equipes, permitindo que profissionais acessem informações críticas e colaborem em tempo real, independentemente de sua localização física.

    2.4 Disponibilidade e Continuidade de Negócios

    Os principais provedores de serviços em nuvem mantêm infraestruturas redundantes distribuídas geograficamente, garantindo alta disponibilidade dos serviços. Amazon Web Services, Google Cloud e Microsoft Azure operam múltiplos data centers ao redor do mundo, implementando mecanismos automáticos de failover e recuperação de desastres.

    Esta arquitetura distribuída proporciona às organizações níveis de disponibilidade superiores aos que poderiam alcançar com infraestruturas locais, geralmente oferecendo acordos de nível de serviço com garantias de uptime superiores a 99,9%. Além disso, os provedores realizam backups automáticos e implementam estratégias robustas de recuperação de desastres, protegendo as organizações contra perda de dados.

    2.5 Atualizações e Manutenção Automatizadas

    Na computação em nuvem, a responsabilidade por atualizações de sistema, patches de segurança e manutenção de infraestrutura recai sobre o provedor de serviços. Esta característica libera as equipes internas de TI para focarem em atividades estratégicas, em vez de tarefas operacionais rotineiras.

    Softwares como serviço, exemplificados pelo Office 365 da Microsoft, recebem atualizações automáticas online, garantindo que os usuários sempre tenham acesso às versões mais recentes das aplicações, com novos recursos e correções de segurança, sem necessidade de instalações manuais ou interrupções prolongadas.

    2.6 Inovação e Acesso a Tecnologias Avançadas

    A nuvem democratiza o acesso a tecnologias avançadas que anteriormente estavam disponíveis apenas para grandes corporações com orçamentos substanciais. Empresas de menor porte podem agora utilizar serviços de inteligência artificial, machine learning, análise de big data e Internet das Coisas através de plataformas em nuvem, pagando apenas pelo uso destes recursos.

    Esta democratização acelera a inovação, permitindo que startups e pequenas empresas experimentem novas tecnologias e desenvolvam soluções competitivas sem necessidade de investimentos proibitivos em infraestrutura e expertise técnico especializado.

    3. PRINCIPAIS DESVANTAGENS E DESAFIOS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM

    3.1 Dependência de Conectividade com a Internet

    Uma das limitações mais significativas da computação em nuvem é a dependência absoluta de conexão estável com a internet. Sem conectividade adequada, usuários ficam impossibilitados de acessar aplicações, dados e serviços hospedados na nuvem, podendo resultar em paralisação completa das operações.

    Esta dependência é particularmente problemática em regiões com infraestrutura de telecomunicações precária ou instável. Empresas localizadas em áreas com conexões de internet lentas ou sujeitas a interrupções frequentes podem experimentar quedas de produtividade e frustração dos usuários.

    Além disso, a latência da rede pode afetar o desempenho de aplicações críticas que exigem tempo de resposta rápido, especialmente quando os data centers do provedor estão geograficamente distantes dos usuários finais.

    3.2 Preocupações com Segurança e Privacidade

    Apesar dos provedores de nuvem investirem pesadamente em segurança, a percepção de risco permanece como uma das principais barreiras à adoção desta tecnologia. O armazenamento de dados sensíveis em servidores externos, potencialmente compartilhados com outras organizações, gera preocupações legítimas sobre confidencialidade e privacidade.

    Conforme destacado no documento base, o armazenamento em nuvem representa um conjunto de informações privadas que pode ser alvo de ataques de hackers, comprometendo a integridade, confiabilidade e disponibilidade dos dados. Vazamentos de informações podem causar prejuízos financeiros significativos, danos à reputação corporativa e até mesmo levar empresas à falência em casos extremos.

    A questão da segurança torna-se ainda mais complexa considerando os três pilares fundamentais: confidencialidade, integridade e disponibilidade. Garantir que apenas pessoas autorizadas acessem informações, que os dados permaneçam íntegros e consistentes, e que estejam sempre disponíveis quando necessários representa um desafio constante.

    3.3 Conformidade Regulatória e Questões Legais

    Diferentes países e regiões possuem legislações específicas sobre proteção de dados, privacidade e soberania de informações. Organizações que operam em setores regulados, como saúde e serviços financeiros, enfrentam desafios adicionais ao utilizar serviços em nuvem, precisando garantir conformidade com múltiplas regulamentações.

    A localização física dos data centers torna-se uma questão crítica, pois os dados podem estar sujeitos às leis do país onde os servidores estão hospedados, potencialmente conflitando com regulamentações locais da organização. Esta complexidade legal exige análise cuidadosa antes da migração para nuvem, especialmente para dados sensíveis ou regulados.

    3.4 Vendor Lock-in e Dependência de Fornecedores

    A migração para computação em nuvem cria dependência significativa em relação ao provedor escolhido. Cada plataforma utiliza tecnologias, APIs e arquiteturas proprietárias, tornando a migração entre diferentes provedores complexa, custosa e demorada.

    Esta situação, conhecida como vendor lock-in, limita a flexibilidade organizacional e pode resultar em dificuldades para negociar preços ou condições de serviço. Organizações podem se ver reféns de aumentos de tarifas ou mudanças nas políticas do provedor, sem alternativas viáveis de curto prazo.

    Além disso, caso o provedor enfrente problemas financeiros, seja adquirido por outra empresa ou decida descontinuar determinados serviços, as organizações clientes podem enfrentar interrupções significativas em suas operações.

    3.5 Custos Ocultos e Imprevisibilidade Orçamentária

    Embora a nuvem prometa redução de custos, organizações podem enfrentar despesas inesperadas se não gerenciarem adequadamente o consumo de recursos. O modelo de pagamento por uso, que é uma vantagem em teoria, pode resultar em contas imprevisíveis quando não há controle rigoroso sobre a utilização de serviços.

    Custos adicionais podem surgir de diversas fontes: transferência de dados entre regiões, armazenamento de backups, licenciamento de software, serviços de suporte premium e taxas de saída de dados. Sem governança adequada e ferramentas de monitoramento, as despesas com nuvem podem rapidamente fugir do controle, superando os custos de uma infraestrutura tradicional.

    3.6 Barreiras Técnicas e Linguísticas

    Conforme evidenciado no documento base, serviços como Amazon Web Services apresentam barreiras significativas para usuários não fluentes em inglês. Grande parte dos tutoriais, documentações e interfaces estão disponíveis apenas em inglês, dificultando a adoção por empresas brasileiras sem profissionais com domínio do idioma.

    Além disso, a configuração e otimização de serviços em nuvem exigem conhecimentos técnicos especializados. As organizações precisam contratar ou treinar profissionais qualificados, com certificações específicas das plataformas, para garantir implementação adequada e aproveitar todos os recursos disponíveis.

    3.7 Limitações de Controle e Personalização

    Ao migrar para nuvem, as organizações abrem mão de parte do controle sobre sua infraestrutura tecnológica. Decisões sobre atualizações de sistema, configurações de segurança e arquitetura de rede são, em grande medida, determinadas pelo provedor.

    Esta limitação pode ser problemática para organizações com requisitos específicos ou que necessitam de personalizações profundas. Modelos como Software as a Service oferecem ainda menos flexibilidade, pois os usuários devem adaptar-se às funcionalidades disponibilizadas pelo fornecedor, com poucas opções de customização.

    4. ANÁLISE COMPARATIVA DOS PRINCIPAIS PROVEDORES

    4.1 Amazon Web Services (AWS)

    Como pioneira no mercado de computação em nuvem desde 2006, a AWS oferece a mais ampla gama de serviços e possui a maior comunidade global de usuários. Suas principais vantagens incluem plataforma robusta de segurança, vasta rede de parceiros, múltiplos serviços especializados, recursos exclusivos e implantação rápida com custos competitivos.

    No entanto, conforme destacado anteriormente, a AWS apresenta desvantagens significativas para o mercado brasileiro: documentação predominantemente em inglês, necessidade de cartão de crédito internacional para pagamentos em dólar, e exigência de profissionais certificados e fluentes em inglês para configuração e utilização adequada da plataforma.

    4.2 Google Cloud

    O Google Cloud destaca-se pela integração natural com o ecossistema de serviços Google amplamente utilizados por usuários finais. A plataforma oferece infraestrutura virtual escalável, segurança baseada na proteção global do Google, escalabilidade rápida e economia através do modelo de aluguel de recursos.

    A familiaridade dos usuários com serviços como Gmail, Google Drive e Google Maps facilita a adoção corporativa, reduzindo curvas de aprendizado. Além disso, o Google tem investido em preços competitivos e atualizações frequentes, tornando-se alternativa atraente especialmente para empresas que já utilizam ferramentas Google em suas operações.

    4.3 Microsoft Azure

    O Microsoft Azure beneficia-se da profunda penetração da Microsoft no ambiente corporativo. A integração nativa com o Office 365 e outros produtos Microsoft representa vantagem significativa para organizações que já utilizam este ecossistema.

    A plataforma suporta múltiplas linguagens de programação e comunica-se facilmente com ambientes híbridos, facilitando migrações graduais. O modelo de licenciamento por usuário, com opções mensais ou anuais, proporciona flexibilidade financeira. Além disso, a distribuição global de data centers garante acesso de qualquer localidade com conexão à internet.

    5. MODELOS DE IMPLANTAÇÃO: ESCOLHENDO A ABORDAGEM ADEQUADA

    5.1 Nuvem Pública

    A nuvem pública oferece recursos compartilhados gerenciados por provedores externos, com modelo de pagamento por uso. Este modelo proporciona escalabilidade praticamente ilimitada e excelente controle de custos, sendo ideal para cargas de trabalho com demanda variável e organizações que buscam minimizar investimentos em infraestrutura.

    No entanto, a nuvem pública oferece menor controle sobre segurança e privacidade, sendo menos adequada para dados extremamente sensíveis ou regulados. A personalização também é mais limitada em comparação com ambientes privados.

    5.2 Nuvem Privada

    Nuvens privadas são dedicadas exclusivamente a uma organização, proporcionando máximo controle sobre segurança, privacidade e configurações. Este modelo é preferível para empresas com requisitos rigorosos de conformidade regulatória ou dados altamente sensíveis.

    As principais vantagens incluem economia de espaço físico, maior disponibilidade, infraestrutura customizável e suporte exclusivo. Entretanto, os custos são significativamente superiores aos da nuvem pública, e a escalabilidade é limitada pelos recursos físicos disponíveis.

    5.3 Nuvem Híbrida

    A nuvem híbrida combina elementos de nuvens públicas e privadas, permitindo que organizações mantenham dados críticos em ambientes privados seguros enquanto utilizam nuvens públicas para cargas de trabalho menos sensíveis.

    Este modelo oferece o melhor equilíbrio entre segurança, controle, flexibilidade e custo, sendo ideal para organizações que necessitam de diferentes níveis de proteção para diferentes tipos de dados. Empresas podem, por exemplo, manter informações estratégicas e confidenciais em nuvem privada enquanto hospedam arquivos de uso geral em nuvem pública.

    5.4 Nuvem Comunitária

    Nuvens comunitárias atendem grupos de organizações com objetivos e requisitos comuns, compartilhando custos de infraestrutura. Este modelo demonstra alto nível de privacidade e segurança, com conformidade às políticas específicas do grupo.

    A gestão pode ser compartilhada entre as organizações participantes ou terceirizada, tornando-se economicamente mais atrativa que nuvens privadas individuais, especialmente para setores com necessidades regulatórias similares, como instituições educacionais ou órgãos governamentais.

    6. CONSIDERAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA ADOÇÃO

    6.1 Avaliação de Requisitos Organizacionais

    Antes de migrar para nuvem, organizações devem conduzir análise detalhada de suas necessidades específicas. Questões como sensibilidade dos dados, requisitos de conformidade regulatória, criticidade das aplicações, perfil de utilização de recursos e competências da equipe de TI devem ser cuidadosamente avaliadas.

    Esta análise permitirá identificar qual modelo de implantação e provedor são mais adequados para cada situação, evitando decisões precipitadas que possam resultar em problemas futuros.

    6.2 Estratégia de Migração

    A migração para nuvem deve ser planejada estrategicamente, considerando diferentes abordagens: migração total e imediata, migração gradual por fases, ou abordagem híbrida mantendo sistemas críticos localmente enquanto migra aplicações menos sensíveis.

    Recomenda-se iniciar com cargas de trabalho menos críticas, ganhando experiência e confiança antes de migrar sistemas essenciais. Este approach reduz riscos e permite ajustes na estratégia baseados em aprendizados práticos.

    6.3 Governança e Gestão de Custos

    Implementar processos robustos de governança é fundamental para garantir que a utilização da nuvem permaneça alinhada aos objetivos organizacionais e dentro dos limites orçamentários. Ferramentas de monitoramento de custos, políticas claras de provisionamento de recursos e revisões periódicas de utilização são essenciais.

    Organizações devem estabelecer processos de aprovação para novos recursos, implementar tags de recursos para rastreamento de custos por departamento ou projeto, e utilizar alarmes de orçamento para prevenir gastos excessivos.

    6.4 Segurança e Conformidade

    Apesar dos provedores oferecerem infraestruturas seguras, a responsabilidade pela segurança dos dados é compartilhada. Organizações devem implementar camadas adicionais de proteção, incluindo criptografia de dados em trânsito e em repouso, autenticação multifator, controles de acesso baseados em funções e monitoramento contínuo de atividades suspeitas.

    Para setores regulados, é fundamental verificar se o provedor escolhido oferece certificações adequadas e se os data centers estão localizados em regiões que atendem aos requisitos de soberania de dados.

    7. TENDÊNCIAS FUTURAS

    A computação em nuvem continua evoluindo rapidamente. Tendências emergentes incluem computação de borda, aproximando processamento dos dispositivos finais para reduzir latência; serverless computing, abstraindo ainda mais a infraestrutura; inteligência artificial e machine learning integrados nativamente aos serviços em nuvem; e foco crescente em sustentabilidade, com provedores comprometendo-se com operações neutras em carbono.

    Além disso, espera-se maior padronização de APIs e protocolos, facilitando portabilidade entre diferentes provedores e reduzindo problemas de vendor lock-in. Ferramentas de gerenciamento multi-cloud também ganham relevância, permitindo que organizações distribuam cargas de trabalho entre múltiplos provedores de forma otimizada.

    8. CONCLUSÃO

    A computação em nuvem representa transformação fundamental na forma como organizações consomem recursos tecnológicos, oferecendo benefícios significativos em termos de redução de custos, escalabilidade, acessibilidade e inovação. No entanto, esta tecnologia também apresenta desafios importantes relacionados à segurança, dependência de conectividade, conformidade regulatória e vendor lock-in.

    A decisão de adotar computação em nuvem não deve ser baseada apenas em entusiasmo pela inovação ou pressão de mercado, mas em análise criteriosa das necessidades organizacionais, considerando tanto benefícios quanto limitações. Não existe abordagem universal; cada organização deve avaliar seu contexto específico, requisitos de negócio e capacidades técnicas.

    Para muitas empresas, especialmente aquelas com cargas de trabalho variáveis e necessidade de inovação rápida, a nuvem representa solução ideal. Para outras, com requisitos extremamente rigorosos de segurança ou conformidade, abordagens híbridas ou nuvens privadas podem ser mais apropriadas.

    O sucesso na adoção da nuvem depende de planejamento adequado, governança efetiva, gestão rigorosa de custos e atenção constante à segurança. Organizações que abordam a migração para nuvem de forma estratégica, baseando decisões em análise objetiva de vantagens e desvantagens, estão melhor posicionadas para aproveitar os benefícios desta tecnologia enquanto mitigam seus riscos.

    À medida que a tecnologia continua evoluindo e amadurecendo, espera-se que muitas das limitações atuais sejam endereçadas, tornando a computação em nuvem ainda mais acessível e adequada para diferentes perfis organizacionais. A tendência é que a nuvem se consolide não como substituto completo da infraestrutura tradicional, mas como componente essencial de estratégias híbridas que combinam o melhor dos diferentes modelos de computação.

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    Carlos Barbosa
    Carlos Barbosa - 21/11/2025 21:27

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