Computação não é pra mim
Quantas vezes já ouvimos — ou até dissemos — essa frase?
“Computação não é pra mim.”
Geralmente, ela vem acompanhada de um suspiro de frustração, especialmente de quem está tentando se adaptar a um mundo cada vez mais tecnológico. Pessoas que vieram de outras áreas, profissionais mais experientes, ou aqueles que viveram a transição do analógico para o digital, muitas vezes sentem que “perderam o trem da tecnologia”. Mas será mesmo?
A verdade é que a computação é uma das áreas mais democráticas que existem. Não importa se você veio da educação, da saúde, da construção civil, do comércio ou da agricultura — sempre há espaço para o seu olhar, sua vivência e sua forma de pensar.
A tecnologia não existe isolada; ela é feita de pessoas, para pessoas. E quanto mais diversas forem essas pessoas, mais inovadoras e humanas serão as soluções criadas.
Engana-se quem pensa que é preciso ser um “gênio da matemática” ou dominar linguagens complexas para fazer parte desse universo. A computação vai muito além da programação. Há espaço para design, gestão, comunicação, criatividade, lógica, pesquisa e até sensibilidade humana — sim, sensibilidade, algo que os algoritmos ainda não dominam.
Cada experiência acumulada ao longo da vida é uma vantagem. O profissional que viveu a transformação do mundo analógico para o digital carrega um olhar raro: ele entende o “antes e o depois” da revolução tecnológica. Isso permite compreender não apenas como as coisas funcionam, mas por que elas precisaram mudar.
O primeiro passo para “destravar” no aprendizado de novas tecnologias é simples — perder o medo de errar. Aprender computação é, acima de tudo, um exercício de curiosidade e persistência. Ninguém nasce sabendo. Todo programador, designer ou técnico em informática já se sentiu perdido diante de uma tela em branco. O segredo é começar pequeno, praticar e permitir-se aprender com os próprios erros.
No fim das contas, a frase “computação não é pra mim” quase sempre se transforma em outra, dita com um sorriso no rosto:
👉 “Não sabia que eu também podia fazer isso!”



