Crie ou Desapareça: Por que Todo Profissional Precisa Ser Criador de Conteúdo?
- #Marketing Pessoal
- #Pensamento Crítico
Ser bom no que fazemos já não basta. Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, a competência silenciosamente foi colocada contra a parede. Hoje, é preciso mostrar. Narrar. Todos os dias. Caso contrário, você corre o risco de se tornar irrelevante.
Ou pior: invisível.
O novo pacto social
Antes, bastava trabalhar bem, ter conhecimento, manter a cabeça baixa e esperar que o reconhecimento viesse.
Hoje? Quem não aparece, desaparece.
O algoritmo não premia os discretos — ele recompensa os barulhentos, os consistentes, os estrategicamente visíveis.
É injusto? Talvez.
Mas é a regra do jogo.
Todo profissional agora também é um criador de conteúdo
Antes, só os influencers criavam conteúdo. Agora, vemos médicos, professores, engenheiros, cabeleireiros, psicólogos, pedreiros, manicures, floristas — todos no ringue da atenção.
Por quê?
Porque hoje o profissional compete não só com colegas de profissão, mas com o feed.
Vivemos entre dois extremos: quem busca conhecimento e quem busca dopamina.
E entre uma rolagem e outra, temos 5, talvez 15 segundos, para conquistar atenção e entregar valor.
- O LinkedIn virou o novo currículo.
- O Instagram, o novo portfólio.
- O TikTok, o novo panfleto de rua.
Quem não domina ao menos uma dessas linguagens digitais, vive no anonimato digital.
O algoritmo é o novo chefe — invisível, mas implacável
Seja você CLT, PJ, autônomo ou funcionário, o algoritmo moldou o comportamento do trabalhador moderno.
Ele decide quem aparece e quem some.
Os critérios? Frequência, engajamento, originalidade.
Ou seja: quem joga o jogo.
E estamos todos jogando — mesmo que à força.
Dançamos para máquinas com medo de sermos esquecidos.
Entre a competência e a performance
“Não gosto de me mostrar.”
“Prefiro que o meu trabalho fale por mim.”
Frases comuns. Mas hoje, quem não se mostra, não é visto.
Quem não é visto, não é lembrado.
E quem não é lembrado, perde espaço para alguém menos competente — porém visível.
Não se trata de vaidade. É sobrevivência.
Você não precisa virar influencer.
Mas precisa virar referência.
E isso só se constrói com constância e conteúdo.
“Ah, mas referência e influencer não são a mesma coisa?”
Não.
O influencer constrói sua presença principalmente em torno da própria pessoa, da sua vida, do seu estilo, da sua personalidade. O foco é engajamento, alcance, carisma. Ele vive da internet, “alimentando” uma audiência que busca entretenimento, tendências e inspiração.
A referência utiliza o ambiente digital como palco para demonstrar seu conhecimento técnico, credibilidade e autoridade na sua área. Sua marca pessoal é pautada na entrega constante de valor, focada em quem busca aprendizado e soluções reais. Diferente do influencer, a referência não precisa expor sua vida pessoal ou ser “barulhenta”. Sua força está na qualidade, na consistência e no reconhecimento genuíno.
A arte de se tornar inesquecível é criar com propósito
O que postar?
Como criar uma marca pessoal sem parecer superficial?
Como construir autoridade sem soar arrogante?
A resposta está em quatro verbos simples — mas poderosos:
Educar. Inspirar. Provocar. Conectar.
Se o seu conteúdo cumpre ao menos uma dessas funções, você está no caminho certo.
E não, isso não significa sugar a vida alheia por likes.
Significa entregar algo que o outro possa aplicar no cotidiano.
Valor de verdade. Prático. Humano.
Invisibilidade é escolha — e risco
O mundo de hoje não pede silêncio. Ele exige presença.
Entendo: muitos preferem o próprio mundo, seguro, reservado. Mas o isolamento voluntário cobra caro no mercado de trabalho.
“Criar conteúdo vai tirar minha privacidade.”
Talvez.
Mas não criar conteúdo pode estar tirando algo ainda mais valioso:
A sua chance de ser reconhecido pelo que você sabe fazer.
Vivemos numa era onde, se você não constrói sua própria reputação, alguém vai construir uma versão sua — sem você.
A escolha é sua:
Criar ou desaparecer.
Reflexão pessoal
Nestes últimos dias, estive refletindo muito sobre essa relação que temos com a tecnologia. Confesso que, se eu pudesse, deixaria os conteúdos de lado com facilidade. Sou daquele tipo que sente a necessidade de “desligar” das telas por alguns momentos, às vezes até longos momentos.
A tecnologia foi criada para aproximar pessoas distantes, para trazer saúde e facilitar a vida — e ainda faz isso. Mas, ao mesmo tempo, ela nos prende num ciclo “220 por hora”, onde tudo passa rápido demais, e a gente mal consegue respirar.
Vejo muitos criadores desesperados para produzir algo, mesmo sem o conhecimento necessário, só para não desaparecer. É uma regra do jogo. Um jogo duro, que exige presença constante, mas que pode nos afastar do que realmente importa: nossa saúde mental, nossa conexão genuína com o mundo e com as pessoas ao redor.
Por isso, esse artigo/reflexão não é só sobre criar conteúdo — é sobre equilibrar visibilidade e vida, tecnologia e humanidade.
Postado por: Welberth Morais – Embaixador DIO Alumni | Graduando Ciência da Computação