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Welberth Almeida
Welberth Almeida02/06/2025 12:50
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Crie ou Desapareça: Por que Todo Profissional Precisa Ser Criador de Conteúdo?

  • #Marketing Pessoal
  • #Pensamento Crítico

Ser bom no que fazemos já não basta. Com o avanço da tecnologia e das redes sociais, a competência silenciosamente foi colocada contra a parede. Hoje, é preciso mostrar. Narrar. Todos os dias. Caso contrário, você corre o risco de se tornar irrelevante.

Ou pior: invisível.

O novo pacto social

Antes, bastava trabalhar bem, ter conhecimento, manter a cabeça baixa e esperar que o reconhecimento viesse.

Hoje? Quem não aparece, desaparece.

O algoritmo não premia os discretos — ele recompensa os barulhentos, os consistentes, os estrategicamente visíveis.

É injusto? Talvez.

Mas é a regra do jogo.

Todo profissional agora também é um criador de conteúdo

Antes, só os influencers criavam conteúdo. Agora, vemos médicos, professores, engenheiros, cabeleireiros, psicólogos, pedreiros, manicures, floristas — todos no ringue da atenção.

Por quê?

Porque hoje o profissional compete não só com colegas de profissão, mas com o feed.

Vivemos entre dois extremos: quem busca conhecimento e quem busca dopamina.

E entre uma rolagem e outra, temos 5, talvez 15 segundos, para conquistar atenção e entregar valor.

  • O LinkedIn virou o novo currículo.
  • O Instagram, o novo portfólio.
  • O TikTok, o novo panfleto de rua.

Quem não domina ao menos uma dessas linguagens digitais, vive no anonimato digital.

O algoritmo é o novo chefe — invisível, mas implacável

Seja você CLT, PJ, autônomo ou funcionário, o algoritmo moldou o comportamento do trabalhador moderno.

Ele decide quem aparece e quem some.

Os critérios? Frequência, engajamento, originalidade.

Ou seja: quem joga o jogo.

E estamos todos jogando — mesmo que à força.

Dançamos para máquinas com medo de sermos esquecidos.

Entre a competência e a performance

“Não gosto de me mostrar.”

“Prefiro que o meu trabalho fale por mim.”

Frases comuns. Mas hoje, quem não se mostra, não é visto.

Quem não é visto, não é lembrado.

E quem não é lembrado, perde espaço para alguém menos competente — porém visível.

Não se trata de vaidade. É sobrevivência.

Você não precisa virar influencer.

Mas precisa virar referência.

E isso só se constrói com constância e conteúdo.

“Ah, mas referência e influencer não são a mesma coisa?”
Não.
O influencer constrói sua presença principalmente em torno da própria pessoa, da sua vida, do seu estilo, da sua personalidade. O foco é engajamento, alcance, carisma. Ele vive da internet, “alimentando” uma audiência que busca entretenimento, tendências e inspiração.
A referência utiliza o ambiente digital como palco para demonstrar seu conhecimento técnico, credibilidade e autoridade na sua área. Sua marca pessoal é pautada na entrega constante de valor, focada em quem busca aprendizado e soluções reais. Diferente do influencer, a referência não precisa expor sua vida pessoal ou ser “barulhenta”. Sua força está na qualidade, na consistência e no reconhecimento genuíno.

A arte de se tornar inesquecível é criar com propósito

O que postar?

Como criar uma marca pessoal sem parecer superficial?

Como construir autoridade sem soar arrogante?

A resposta está em quatro verbos simples — mas poderosos:

Educar. Inspirar. Provocar. Conectar.

Se o seu conteúdo cumpre ao menos uma dessas funções, você está no caminho certo.

E não, isso não significa sugar a vida alheia por likes.

Significa entregar algo que o outro possa aplicar no cotidiano.

Valor de verdade. Prático. Humano.

Invisibilidade é escolha — e risco

O mundo de hoje não pede silêncio. Ele exige presença.

Entendo: muitos preferem o próprio mundo, seguro, reservado. Mas o isolamento voluntário cobra caro no mercado de trabalho.

“Criar conteúdo vai tirar minha privacidade.”

Talvez.

Mas não criar conteúdo pode estar tirando algo ainda mais valioso:

A sua chance de ser reconhecido pelo que você sabe fazer.

Vivemos numa era onde, se você não constrói sua própria reputação, alguém vai construir uma versão sua — sem você.

A escolha é sua:

Criar ou desaparecer.

Reflexão pessoal

Nestes últimos dias, estive refletindo muito sobre essa relação que temos com a tecnologia. Confesso que, se eu pudesse, deixaria os conteúdos de lado com facilidade. Sou daquele tipo que sente a necessidade de “desligar” das telas por alguns momentos, às vezes até longos momentos.

A tecnologia foi criada para aproximar pessoas distantes, para trazer saúde e facilitar a vida — e ainda faz isso. Mas, ao mesmo tempo, ela nos prende num ciclo “220 por hora”, onde tudo passa rápido demais, e a gente mal consegue respirar.

Vejo muitos criadores desesperados para produzir algo, mesmo sem o conhecimento necessário, só para não desaparecer. É uma regra do jogo. Um jogo duro, que exige presença constante, mas que pode nos afastar do que realmente importa: nossa saúde mental, nossa conexão genuína com o mundo e com as pessoas ao redor.

Por isso, esse artigo/reflexão não é só sobre criar conteúdo — é sobre equilibrar visibilidade e vida, tecnologia e humanidade.

Postado por: Welberth Morais – Embaixador DIO Alumni | Graduando Ciência da Computação

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Comments (1)
DIO Community
DIO Community - 02/06/2025 16:28

Excelente, Welberth! Seu artigo é um manifesto poderoso e muito reflexivo. Você aborda de forma cirúrgica o novo pacto social e a urgência de ser visível no mercado de trabalho, destacando a diferença entre "influencer" e "referência".

Considerando que a invisibilidade é escolha e risco, qual você diria que é o maior benefício para a saúde mental de um profissional ao focar em se tornar uma "referência" em vez de um "influencer" no mundo digital?

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