Da Administração de Banco de Dados a Engenharia de dados

A tecnologia nunca foi estática — e as carreiras na área de dados também não. Ao longo dos últimos anos, testemunhamos uma transformação profunda na forma como dados são armazenados, processados e utilizados para gerar valor estratégico. Foi nesse cenário de constante evolução que minha trajetória profissional também precisou evoluir.

Iniciei minha carreira como DBA (Database Administrator), atuando fortemente na administração, performance, segurança e disponibilidade de bancos de dados. Durante muito tempo, esse papel foi essencial para garantir a estabilidade dos ambientes corporativos. No entanto, com o avanço do Big Data, da computação em nuvem e das arquiteturas distribuídas, o papel tradicional do DBA começou a se transformar.

A chegada de ferramentas como data lakes, pipelines de dados automatizados, processamento em larga escala e serviços gerenciados na nuvem mudou completamente a dinâmica. O foco deixou de ser apenas manter bancos de dados funcionando e passou a ser construir soluções escaláveis, confiáveis e orientadas a dados, capazes de sustentar decisões estratégicas do negócio.

Foi nesse contexto que fiz a transição para Engenharia de Dados.

Migrar de DBA para Engenheira de Dados não significou abandonar minha base técnica — pelo contrário. Todo o conhecimento em modelagem, SQL, performance, governança e qualidade de dados foi fundamental. O que mudou foi a ampliação do escopo: passei a atuar com integração de dados, orquestração de pipelines, cloud computing, ferramentas analíticas e arquiteturas modernas de dados.

Essa transição também exigiu aprendizado contínuo, resiliência e abertura para o novo. A tecnologia evolui rápido, e acompanhar essa evolução não é mais um diferencial — é uma necessidade.

Hoje, vejo essa mudança como um reflexo do próprio mercado: as profissões não desaparecem, elas se transformam. Quem escolhe evoluir junto com a tecnologia amplia suas possibilidades, fortalece sua carreira e se mantém relevante.

Se você está vivendo um momento de transição ou questionando seu próximo passo profissional, minha experiência deixa um aprendizado claro: adaptar-se não é perder identidade, é expandi-la.