Entre Maternidade, Superação e Futuro
Quando falamos em tecnologia, muitos pensam em máquinas, algoritmos, telas azuis e códigos intermináveis. Eu, não. Para mim, tecnologia tem rosto. Tem cheiro de madrugada acordada. Tem esforço escondido em skills impossíveis e tem o sorriso da minha filha quando digo que “vai dar certo”.
Eu não cheguei na área Tech por acaso. Eu cheguei por necessidade. Quando a vida te coloca diante de escolhas duras — como criar uma filha sozinha, sustentar uma casa, reconstruir sonhos interrompidos — você aprende a encontrar brechas onde os outros só veem paredes.
E a tecnologia foi a minha brecha.
Da sobrevivência ao propósito
No começo, eu só queria pagar as contas. Mas logo percebi que a tecnologia não era apenas ferramenta de sobrevivência. Ela era propulsora de transformação.
Cada processo que eu entendia, cada sistema que eu aprendia a dominar, me dava não só conhecimento, mas também uma sensação de controle em meio ao caos.
Enquanto o mundo tentava me convencer de que ser mãe era um limitador, a tecnologia me mostrou que poderia ser justamente o oposto: minha maior força. Porque não existe algoritmo mais poderoso do que o instinto de uma mãe determinada.
Humanidade em meio ao digital
Pode parecer contraditório, mas quanto mais eu mergulhava em dados, fluxos e códigos, mais eu percebia que o impacto da tecnologia é, no fim, profundamente humano.
Foi a tecnologia que me permitiu estudar mesmo entre uma entrega e outra de fralda. Foi ela que me deu acesso a conteúdos que antes pareciam inalcançáveis. Foi através dela que eu me conectei com pessoas, oportunidades e caminhos que mudaram completamente meu destino.
Legado e futuro
Hoje, quando penso em impacto, não penso só em mim. Penso na minha filha.
Penso em como ela cresce vendo que a mãe dela escreve, fala inglês, francês, italiano, trabalha com gente de fora, cria projetos, lidera, estuda. Penso no exemplo silencioso que fica: o de que a tecnologia não é apenas sobre gadgets; é sobre criar futuro, abrir horizontes, multiplicar possibilidades.
O maior impacto da Tech na minha vida não foi financeiro — embora isso seja fundamental. O maior impacto foi existencial. Ela me deu coragem para sonhar de novo, e mais: me deu as ferramentas para transformar esses sonhos em planos.
Conclusão
A área Tech impactou minha vida porque ela me devolveu o que parecia perdido: esperança.
Esperança de que eu posso crescer. De que minha filha vai crescer em um mundo mais justo, conectado e cheio de oportunidades.
A tecnologia não foi apenas minha profissão. Ela foi minha história de resiliência. Foi a prova de que, mesmo quando tudo parece fora do lugar, sempre há um caminho para frente — e, às vezes, esse caminho é feito de linhas de código.