Git Guide for Mortais
Git Guide for Mortais - by Luana Marques
Quem aí já ouviu falar do GIT e, a princípio, ficou perdido sem saber o que era ou por que usaria tal ferramenta?
Bom, se você já entendeu o conceito de cara, sobre versionamento e suas vantagens, você com certeza não faz parte dos meros mortais, como eu. No início recebi uma enxurrada de informações sobre Git, GitHub, branches, commits... e sendo sincera? Não entendi nada. Criei uma conta no GitHub e ela ficou parada por meses. A plataforma não é exatamente intuitiva para iniciantes: uma tela preta, alguns quadradinhos, um gatinho no canto superior esquerdo e um monte de campos em inglês.
Mas, à medida que fui avançando no mundo da tecnologia (e cometendo alguns erros irreversiveis rsrs), percebi a importância dessa ferramenta e aprendi a usá-la. É sobre isso que quero conversar com vocês. Temos ferramentas incríveis que ajudam tanto na vida acadêmica quanto na profissional, e mesmo que pareçam difíceis no início, não desistam. Isso vai tornar vocês profissionais mais resilientes e preparados.
Mas afinal, o que é o Git?
Git é um sistema de controle de versão rápido, escalável e distribuído. Isso significa que ele acompanha todo o histórico do seu código: quem fez mudanças, o que mudou, quando e por quê. Tudo isso sem depender da internet.
E o GitHub?
É uma plataforma online onde você pode guardar os repositórios criados com Git. Assim, você consegue acessar seus projetos de qualquer lugar e ainda compartilhar com outras pessoas.
Obs:. Git e GitHub não são a mesma coisa. Apesar do foco desta publicação ser o GitHub, vale lembrar que ele não é a única plataforma disponível. Os métodos apresentados aqui também funcionam com outros serviços de repositório, como GitLab, Bitbucket, Azure Repos, entre outros.
E por que isso é importante?
Imagine que você está criando um aplicativo para um restaurante. A primeira versão tem apenas as funções de reserva de mesas e cardápio. Você entrega, mas o cliente pede mais funcionalidades, como pagamento online e agenda de eventos. Você adiciona, entrega uma segunda versão, e depois de alguns meses ele decide que quer voltar à versão anterior.
Se você não estiver usando Git, esse retorno pode virar um pesadelo. Mas com Git, basta voltar à versão anterior, sem quebrar nada.
Tá, entendi. Mas como eu uso isso tudo?
Relaxa, jovem mortal. A seguir, um passo a passo prático:
1. Instalar o Git
Antes de começar, você precisa instalar o Git no seu computador, vou deixar aqui duas formas para você fazer, pelo link e pelo terminal(Windows e linux):
🔗 Link
🪟 Windows (com Chocolatey)
choco install git
🐧 Linux (Ubuntu/Debian)
sudo apt-get install git
2. Configurar o Git
Depois de instalar, vá até o terminal e digite essas linhas, trocando seu nome e seu e-mail:
git config --global user.name "Seu Nome"
git config --global user.email "seu@email.com"
Isso é essencial para identificar quem está fazendo as alterações no código!
3. Criar um repositório local
Escolha ou crie uma pasta, entre nela pelo terminal e digite:
git init
4. Escolher arquivos para versionar
Para adicionar todos os arquivos:
git add .
Ou para adicionar um arquivo específico:
git add nome-do-arquivo.ext
5. Salvar uma nova versão (commit)
git commit -m "Mensagem explicando a mudança"
6. Criar um repositório no GitHub
Acesse: https://github.com/
- Crie uma conta (caso ainda não tenha)
- Clique em "New Repository"
- Dê um nome e clique em "Create Repository"
7. Conectar o projeto local com o repositório remoto
git remote add origin https://github.com/seuusuario/seurepositorio.git
8. Enviar seu projeto para o GitHub
git push -u origin main
origin é o apelido do repositório remoto (GitHub), e main é o nome do seu branch principal.
Em algumas versões do Git, o nome padrão do branch principal é "master" em vez de "main". Se esse for o seu caso, basta substituir main por master nos comandos apresentados.
(Abrindo um parênteses aqui, você pode se perguntar o que são Branchs? Branches (ou “ramificações”) no Git são como linhas do tempo paralelas do seu projeto.
Imagine que você está escrevendo um livro. A versão principal é o que está sendo publicado. Mas você quer testar um novo final, sem bagunçar o original. Então você faz uma cópia só daquele trecho, altera à vontade e, se gostar do resultado, junta de volta no original.)
Eu sei que, a princípio, pode parecer muita coisa, mas confie em mim: não é tão complicado, e isso vai ajudar muito na sua vida como Dev.
Prefer uma interface gráfica?
Se você não curte muito usar linhas de comando (terminal), pode optar por baixar o GitHub Desktop, um programa com interface gráfica que facilita o uso do Git e do GitHub. O download pode ser feito por este site: https://desktop.github.com/.
Caso não queira usar o GitHub Desktop nem acessar pelo terminal, sugiro utilizar a extensão do GitHub para o VS Code. Depois de conhecer algumas expressões como push, pull etc., ela se torna bem intuitiva.
obs.: Se você optar por essas ferramentas com interfaces, aconselho ainda assim aprender a utilizar os comandos.
Comandos úteis do Git (resumo)
Extra: mensagens de commit semânticas (De nada!)
Assim como as linguagens têm sintaxe, os commits também podem seguir um padrão:
Estrutura
<tipo>: <descrição curta>
Tipos mais usados
Exemplos
feat: cria componente de cardapio
fix: corrige erro ao salvar formulário de reserva
docs: atualiza README com instruções
style: ajusta indentação do arquivo pagamentos.js
refactor: extrai lógica de validação
core: atualiza dependências do projeto
test: adiciona teste para autenticação
Espero de coração que esse guia tenha ajudado você, amigo mortal, a começar sua jornada com Git e GitHub.
Até a próxima!
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Luana Marques