O Guia Ágil pra Quem Vive no Caos da TI e Aprende a Dançar com Ele ☕🧠🔥
Se você trabalha com TI, já sabe: nada é linear.
Projeto pequeno vira monstro, requisito muda, prazo evapora, usuário nega tudo que pediu (ele pediu sim), e você lá, sustentando um sistema enquanto outro pega fogo.
É aqui que entram os processos de software.
Não pra burocratizar, mas pra impedir que a gente enlouqueça coletivamente.🤣
Bora destrinchar isso de um jeito leve e realista?
1️⃣ Por que processos existem?
Porque sem processo cada time vira um planeta diferente orbitando seu próprio caos.
Processos servem para:
• dar organização mínima
• reduzir retrabalho
• evitar “ah, eu achei que era assim”
• permitir que o time fale a mesma língua
• criar previsibilidade (na medida do possível, né?)
É isso. Não é sobre virar cartório.
É sobre sobreviver!!!
2️⃣ O modelo prescritivo: o tiozão da organização
O modelo prescritivo, famoso Waterfall, é aquele professor que exigia trabalho em 3 vias, encadernado, rubricado e entregue até 17h00 em ponto.
A lógica dele:
Planeja → Documenta → Só então executa → Só depois testa → Só depois entrega
Vantagem: previsível.
Desvantagem: previsível demais.
Quando a realidade muda, ele não acompanha.
Funciona bem para áreas que não podem mudar no meio do caminho (ex.: medicina, engenharia pesada).
Para sistemas do dia a dia… sofre.🙆♀️
3️⃣ A virada: modelos iterativos, incrementais e concorrentes
A indústria percebeu que planejar tudo antes é uma ilusão deliciosa, porém irreal.
E surgiu a abordagem:
✔ entrega aos poucos
✔ aprende com cada entrega
✔ aceita mudança
✔ ajusta a rota
Em vez de construir a casa inteira pra só no final ver se ficou boa…
Você entrega cômodo por cômodo.
TI agradece.
4️⃣ O Manifesto Ágil: o grito de liberdade
Alguns profissionais frustrados com burocracia demais se trancaram num resort e criaram o Manifesto Ágil.
Não é rebeldia gratuita: é um lembrete sobre o que realmente importa:
• Pessoas > processos
• Software funcionando > documentação infinita
• Colaboração > contrato
• Responder a mudanças > seguir plano cego
Ágil é sobre senso prático.
E um pouco de terapia também, sinceramente.
5️⃣ Extreme Programming (XP): o Ágil turbo
O XP é tipo o primo agitado do Ágil.
Ele defende:
• Pair Programming (duas pessoas, um teclado. Sim, geralmente demora mais, mas as vezes tem vantagens 😅)
• TDD (teste antes do código: dói no começo, salva no longo prazo)
• Refatoração constante
• Feedback sempre
• Entregas frequentes
XP acredita que trabalhar colado, revisando sempre, evita monstros no futuro.
E olha: na maioria das vezes, ele tem razão.
6️⃣ Scrum: o queridinho dos times
O Scrum virou o padrão porque é simples e dá senso de ritmo.
Papéis:
• Product Owner (PO): dono da prioridade
• Scrum Master: ajuda o time a fluir
• Dev Team: quem coloca a mão no código
Eventos:
• Daily
• Planning
• Review
• Retrospective
Scrum não é promessa de perfeição.
É promessa de inspeção e adaptação.
Já é meio caminho pro sucesso.
7️⃣ Outros modelos ágeis pra você conhecer
Só pra não dizer que Scrum é o único:
• Kanban: fluxo visual, resolve muita coisa só organizando
• Lean: foco em eliminar desperdício
• XP: já falamos
• FDD: desenvolvimento orientado a funcionalidades
• Crystal: leve e flexível
O ponto é: ágil é uma família de métodos, não um dogma.
8️⃣ O resumo honesto que ninguém fala
Ágil não é post-it colorido.
Ágil não é teatro corporativo.
Ágil não é “vamos fazer cerimônia e pronto”.
Ágil é:
• comunicação de verdade
• pequenos ajustes sempre
• feedback contínuo
• entregas menores e mais úteis
• adaptação constante
Se o time usa Scrum mas ninguém conversa, ninguém revisa e ninguém adapta…
Desculpa, mas isso não é ágil. É cosplay de ágil.
E pra fechar…
Se você leu até aqui, parabéns: agora entende mais de agilidade do que muita gente que fala “Ágil” só pra parecer moderno.
No final das contas, não existe modelo perfeito.
Existe o modelo que funciona pro seu time naquele momento.
E se tiver que mudar daqui a três meses… isso é agilidade na prática.



