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Paulo Alvares
Paulo Alvares15/04/2024 21:20
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O Passado Tecnológico do Brasil.

    Nos anos 70, enquanto o mundo dançava ao ritmo dos computadores domésticos cada vez mais sofisticados, o Brasil estava imerso na era da ditadura militar. Sob esse regime, nascia a chamada "lei de reserva de mercado", uma espécie de escudo protetor para as indústrias nacionais. O lema era claro: “proteger o que é nosso e banir o que é deles”.

    Nessa atmosfera de protecionismo, as empresas estrangeiras como Apple e Microsoft, eram vistas com desconfiança, e suas tecnologias eram barradas na fronteira. Era como se o Brasil estivesse em uma bolha, onde apenas o que era produzido internamente podia entrar. Isso teve um efeito colateral: enquanto o crescimento industrial brasileiro ganhava impulso, o desenvolvimento tecnológico estava em marcha lenta.

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    Nem por isso o Brasil se permitiu ficar parado no tempo. Para se recuperar do atraso tecnológico, o país começou a investir em suas próprias empresas de tecnologia. Nomes como CCE, Cobra, Scopus, Gradiente e Itautec passaram a fazer parte do vocabulário nacional. Eles se tornaram especialistas em uma técnica peculiar: a arte da clonagem tecnológica. Com uma engenharia reversa de primeira classe, essas empresas pegavam os produtos estrangeiros, removiam a etiqueta de "Made in Somewhere Else", e pronto, tínhamos produtos nacionais prontos para o mercado.

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    Duas empresas que foram verdadeiros ícones desse período foram a Prológica e a Microdigital. Elas eram como irmãs rebeldes, desafiando as regras e criando seu próprio caminho. A Prológica, por exemplo, se tornou uma gigante na fabricação de computadores, tudo graças ao clima protecionista. Mas quando as barreiras caíram, eles foram pegos de surpresa, e o declínio foi inevitável.

    Já a Microdigital foi um pouco mais longe. Fundada nos anos 80, foi uma das primeiras a trazer computadores domésticos. Eles tinham uma abordagem controversa, mas eficaz: clonavam sistemas estrangeiros e os vendiam como se fossem made in Brazil. Funcionou por um tempo, até que os advogados estrangeiros bateram à porta.

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    Essas empresas foram mais do que apenas pioneiras tecnológicas. Elas foram os arquitetos de um novo Brasil, um país que aprendeu a se virar nos trópicos da inovação. Eles podem ter enfrentado desafios, mas deixaram um legado que ecoa até os dias de hoje. Em um país onde a história muitas vezes é escrita pela caneta da política, essas empresas decidiram pegar a caneta e escrever sua própria história.

    Mas não vamos ser ingênuos, isso não era exatamente legal. O governo sabia, as empresas sabiam, todo mundo sabia. Mas era um jogo onde todos pareciam estar ganhando. Enquanto isso, lá fora, a Microsoft e a Apple queriam entrar no mercado brasileiro, e chutar algumas mesas.

    A virada veio com Fernando Collor, que abriu as portas do Brasil para o mundo. De repente, estávamos inundados com produtos estrangeiros, e as empresas que tinham se acomodado com o mercado interno sentiram o tranco. Foi como abrir a janela e deixar o mundo entrar. Essa entrada levou a diversos processos de plágio, principalmente em cima de produtos da Microsoft, que reclamou o direito a muitos softwares e ganhou direitos de ressarcimento em cima das fraudes.

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