Sim, as pessoas te julgam e as máquinas também o fazem e continuarão fazendo. Podemos tirar algo de bom disso?
- #Soft Skill
É inegável que o ser humano tem uma mania incrível de análisar e julgar tanto as situações, como também as outras pessoas. Já temos máquinas julgando os currículos que são cadastrados em sites de empresas também. Mas não devemos ficar incomodados com isso, afinal nós também o fazemos e isso vem do nosso lado primitivo mesmo. Tem a ver com querer sabermos se podemos confiar nesse novo indivíduo que se apresenta a nós. Quando não conhecemos alguém, passamos a comparar tanto os traços físicos, como também trejeitos, modo de fala, movimentos, constância e contato visual entre outras coisas. Essas comparações são feitas inconscientemente com outros dados que, ao longo da vida, fomos juntando e classificando como sinais bons ou ruins. Cada pessoa que passou por nós e que pra gente nos foi boa ou má, nos deixa, sem percebermos, uma espécie de parâmetro que passamos a utilizar também de forma inconsciente para comparar com os novos indivíduos que conhecemos. Fazemos isso como forma de autodefesa, como uma maneira de antecipar e evitar algo que indique que pode ser negativo, assim como podemos reconhecer em alguém determinada qualidade ou gentileza e passar a querer saber mais daquela pessoa, trazendo-a para nosso convívio.
Bom, depois de tal introdução antropológica, agora podemos ir ao ponto de real interesse. Se todos julgamos uns aos outros, porque não aprender a usar isso de maneira positiva? Se até mesmo na hora de sair e paquerar o que conta, inicialmente, é a aparência, já sabemos que não estaremos ilesos do mesmo julgamento nas entrevistas de emprego, por exemplo. Nas entrevistas e até numa simples análise de currículo ou portfólio, a aparência, organização e apresentabilidade e qualidade das coisas vão contar muito e dirão muito sobre você, sem que você nem sequer precise abrir a boca pra falar.
No mundo, algumas coisas têm preço e outras têm valor. No geral não percebemos, mas nesse mundo somos escolhidos e "precificados" de acordo com o nosso "valor". Valor esse que podemos agregar a outras pessoas, empresas, faculdades (as faculdades Norte-Americanas que o digam, só escolhem os de melhores notas e reputação), times e outras coisas. Então não é o preço que realmente importa, é o valor!
Isso quer dizer que nosso objetivo real deve ser o de aumentar o nosso próprio valor para a sociedade, o que eu chamaria de "valor social individual". Buscar tornar-se tão necessário que em vez de procurar por algo, você será procurado(a). Mas como aumentar isso e como isso poderia me ajudar? O Valor Social Individual seria o valor que as pessoas e empresas reconheceriam de você sem muito esforço próprio, e assim, por consequência, você poderia passar a ser disputado tanto por pessoas como empresas por apenas tratar de melhorar a si mesmo e aprender a mostrar essas qualidades sem parecer um "exibido". Se você quer ser notado por uma pessoa ou empresa, deve conseguir identificar que tipo de valores são buscados por ela, e trabalhar nesses valores.
Na área de tecnologia (e se você está lendo isso, então imagino que sejamos da mesma área), podemos, por exemplo, identificar aquilo de maior valor geral para as outras pessoas e empresas, aquilo que é procurado, admirado e que costuma "abrir portas". Conhecimentos, habilidades e técnicas (atualmente descritas como "soft skils" e "hard skils").
Posso listar alguns conhecimentos e habilidades que podem aumentar muito nosso valor social individual e fica aqui a minha recomendação:
- Domínio do Inglês - afinal, na área tech é praticamente primordial, principalmente se você sonha um dia morar fora, trabalhar pra uma multinacional ou se tornar um Nomade Digital;
- Domínio do Espanhol - é a segunda língua mais falada do mundo por número de nativos e a quarta mais falada e estudada do mundo;
- Oratória - técnicas que auxiliam na hora de uma comunicação clara e concisa, que ajuda a não gaguejar e também proporciona uma maneira adequada de fazer-se ser ouvido e bem compreendido;
- Desenvolvimento da inteligência interpessoal - essa é a capacidade de reconhecer estados de ânimos e comportamentos nos outros e aprender a lidar de maneira positiva com isso. No pessoal ou coorporativo, essa habilidade vale ouro;
- Desenvolvimento da inteligência intrapessoal - essa trata do reconhecimento de emoções próprias e aprender a lidar e controlá-las, a fim de tornar-se menos explosivo, inconsistente e imprevisível, passando a ter mais controle das próprias ações ao passo em que aprende a reconhecer as próprias emoções no momento em que as sente;
- Apresentabilidade - por último, mas não menos importante, tanto seu currículo, como seus projetos e inclusive você mesmo devem deixar transparecer zelo, afinal quem não cuida de si mesmo e dos detalhes de coisas que são importantes pra si, provavelmente não teria o mesmo zelo pelos projetos, serviços e bens da empresa interessada.
Não se engane, pra chegar em níveis avançados em qualquer coisa, mesmo que já tenha conhecimento no assunto, você precisará ter bases sólidas, dominar bem aquilo que é básico. Então, outra dica que fica aqui é pra quando você tá estudando determinado assunto e nota que tá travado, e que por mais que tente, sente que não sai muito do lugar. Será que você procurou ter domínio da base desse assunto ou já foi direto pro "hardcore"? Talvez seja necessário ter um pouco de humildade consigo mesmo e voltar às raízes daquilo, rever e fortalecer aquelas bases, pois algumas coisas importantes para o futuro podem ter passado desapercebidas.
É necessário compreendermos que nem tudo adianta questionar ou simplesmente bater de frente, mas sim aprender a usar aquilo a nosso favor. Pra aumentar nosso valor perante a sociedade, perante o mercado de trabalho e outros âmbitos, temos que aumentar o valor de nossos atributos pessoais, polindo-os e desenvolvendo-os com maestria e deixando que sejam adequadamente percebidos e admirados.
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Por: Luiz Guilherme Gil Espinosa
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