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Daniel Passos
Daniel Passos24/09/2025 20:51
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Vibe Coding: Produtividade ou Preguiça?

    Recentemente, vi no LinkedIn alguns colegas postando sobre vibe coding. Imaginei que fosse um processo de escrever código com um café na xícara e escutando música para se concentrar. Enfim, inocência minha... rs.

    Pesquisando sobre o assunto, encontrei vídeos no YouTube e alguns artigos que diziam do que de fato se tratava o vibe coding.

    Confesso que me frustrei um pouco. Os vídeos do Instagram sobre programação com a hashtag #vibecoding pareciam bem legais antes de eu ter ciência do que se trata. Para os leitores que desconhecem o conceito:

    O vibe coding é um conceito de desenvolvimento de software que utiliza a inteligência artificial (IA) como principal ferramenta, permitindo que usuários criem programas e aplicativos com pouca ou nenhuma intervenção manual no código.

    Isso me soou como um equívoco. Ainda que eu seja um desenvolvedor com pouca experiência, pensei: e se a IA não obedecer à sua regra de negócio? Como alguém pode confiar a ponto de entregar toda a execução a uma ferramenta? Presumi: óbvio que vibe coding não é para qualquer um.

    Se você, assim como eu, está começando na área, não utilize esse método. Sempre escreva o máximo de código que conseguir, principalmente quando o assunto é desenvolver uma boa lógica e construir a arquitetura de um software. Faça tudo "na unha". O seu aprendizado é o mais importante; você não precisa ser extremamente produtivo por hora.

    Ademais, notei que até desenvolvedores experientes têm aversão a esse "método". O que alguns relatam é: a IA é ótima, e utilizá-la como ferramenta o tornará mais produtivo. No entanto, ela deve ser utilizada corretamente. Por exemplo: defina um MCP (Model Context Protocol), utilize um agente de IA (seja o Copilot, Claude ou Gemini) para tarefas repetitivas, gerar código que pode ser buscado na documentação, depurar e buscar informações.

    Não entregue a sua lógica de negócio aos devaneios de uma IA, principalmente uma que não tenha um MCP vinculado ou ativado.

    Em suma, Para o sênior, é produtividade. Ele usa a IA como um estagiário genial, delegando tarefas para focar no que realmente importa, sempre validando o trabalho entregue.

    Para o júnior, pode se tornar preguiça se for usado para evitar o esforço do aprendizado. O ideal é que ele tente resolver o problema primeiro e, só depois, peça à IA para ver uma abordagem diferente, usando-a como uma ferramenta de estudo.

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    Comments (2)
    Daniel Passos
    Daniel Passos - 25/09/2025 18:59

    É crucial compreender a sua lógica de negócio e respeitá-la até o fim. Ao utilizar I.A. generativa, algumas vezes ela pode afetar as regras de negócio do software. Por exemplo: se eu tenho uma sequência (um workflow) de atividades, como as que são explícitas nos diagramas de sequência, comuns em documentações de software, um agente de I.A. mal contextualizado pode cometer erros que afetem o correto funcionamento do sistema. Nesses casos, a refatoração se torna um desafio maior do que criar o código do zero. Ademais, códigos escritos por I.A. podem possuir vulnerabilidades. Para notar esse tipo de bug ou problema, é necessária experiência, a qual só se obtém com o tempo e com a quantidade de projetos em que o desenvolvedor participou

    DIO Community
    DIO Community - 25/09/2025 09:12

    Excelente, Daniel! Que artigo incrível e super sincero sobre "Vibe Coding: Produtividade ou Preguiça?"! É fascinante ver como você aborda o vibe coding não como um método de desenvolvimento para qualquer um, mas como algo que exige senso crítico e autonomia. Sua análise, que se baseia em sua experiência como desenvolvedor, é um insight valioso para a comunidade.

    Você demonstrou que o vibe coding, que utiliza a inteligência artificial como principal ferramenta, pode se tornar "preguiça" para o júnior que a usa para evitar o esforço do aprendizado, enquanto para o sênior, é "produtividade". Sua análise de que a IA deve ser usada corretamente, para tarefas repetitivas ou para debugging, e que a lógica de negócio deve ser sua, é um insight valioso para a comunidade.

    Qual você diria que é o maior desafio para um desenvolvedor ao utilizar uma ferramenta de IA generativa (como o ChatGPT ou o Gemini) em seu workflow, em termos de confiança e de segurança (já que a IA pode gerar código com bugs ou vulnerabilidades), em vez de apenas focar em fazer o software funcionar?