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Alexandre Lima
Alexandre Lima01/05/2025 15:36
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AI Agents: Os Profissionais Digitais Revolucionando a Automação

    Introdução: Uma Nova Era na Interação com Sistemas

    Vocês já pararam para pensar como será o futuro da automação? Se estamos impressionados com os chatbots atuais, preparem-se: estamos apenas arranhando a superfície do potencial da inteligência artificial. No centro dessa revolução tecnológica está algo incrível: os AI Agents. Quando falo de AI Agents, não estou falando só de mais uma ferramenta técnica no nosso arsenal de tecnologia, mas de um novo paradigma que está transformando completamente como interagimos com sistemas digitais e automatizamos processos complexos.

    Minha jornada com inteligência artificial começou despretensiosamente com simples prompts em chatbots, mas foi só quando comecei a explorar o conceito de agentes autônomos que o potencial da IA realmente "clicou" na minha cabeça. Lembro do dia em que vi um AI Agent resolvendo uma série de tarefas complexas sem intervenção humana e pensei: "caramba, isso não é apenas uma ferramenta, é um colega de trabalho digital!"

    Neste artigo, quero compartilhar com vocês o que considero o próximo grande salto na evolução da IA: os AI Agents. São esses sistemas que estão transformando a maneira como empresas operam, como desenvolvedores criam soluções e como usuários comuns interagem com tecnologia. É como ter assistentes inteligentes que não apenas respondem perguntas, mas tomam decisões, planejam ações e as executam de forma autônoma!

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    Se você ainda pensa em IA apenas como chatbots que respondem perguntas ou como simples automações programadas para tarefas específicas, relaxa! Já estive exatamente nesse lugar. Vamos desvendar esse novo mundo juntos, com exemplos reais e explicações práticas que vão transformar sua compreensão sobre o que a IA pode fazer. Prometo que depois desse artigo, você vai olhar para os avanços recentes em IA com novos olhos, pensando: "agora entendo para onde estamos caminhando!"

    AI Agents: O Que São e Por Que São Revolucionários?

    Os AI Agents são sistemas de inteligência artificial que vão muito além de simples modelos de resposta. Eles são entidades digitais capazes de perceber seu ambiente, tomar decisões e agir para atingir objetivos específicos - tudo isso com um grau significativo de autonomia.

    Para entender melhor, pense na diferença entre:

    • Um chatbot tradicional: responde perguntas com base em padrões pré-definidos
    • Uma IA generativa: cria conteúdo original baseado em prompts
    • Um AI Agent: percebe, planeja, decide e age para resolver problemas complexos

    Em um projeto recente que participei, enfrentávamos o desafio de monitorar e responder a centenas de métricas de desempenho em tempo real. Uma simples automação com regras pré-definidas seria insuficiente, pois as situações eram muito variáveis. Foi aí que implementamos um AI Agent que não apenas monitorava os dados, mas:

    1. Identificava padrões anômalos usando sua capacidade de percepção
    2. Decidia quais problemas eram prioritários baseado em múltiplos fatores
    3. Tomava ações corretivas imediatas para casos conhecidos
    4. Alertava a equipe humana apenas em situações que realmente necessitavam de intervenção

    O resultado? Uma redução de 78% no tempo de resposta a incidentes e uma drástica diminuição do "alerta de fadiga" na equipe. Este não era apenas um sistema automatizado - era um verdadeiro agente de resolução de problemas.

    Anatomia de um AI Agent: Os Componentes Essenciais

    Para compreender como os AI Agents funcionam, precisamos explorar sua estrutura fundamental. Um agente completo possui quatro componentes principais que trabalham em harmonia:

    1. Sistema de Percepção

    O sistema de percepção é como os "sentidos" do agente. Ele captura informações do ambiente através de:

    • Processamento de linguagem natural para entender textos e comandos
    • Análise de dados para interpretar informações numéricas
    • APIs para acessar sistemas externos
    • Sensores (no caso de agentes físicos como robôs)

    Um exemplo prático: um agente financeiro que monitora continuamente feeds de notícias, movimentos de mercado e dados econômicos para construir uma compreensão em tempo real do ambiente financeiro.

    2. Sistema Cognitivo

    Este é o "cérebro" do agente, responsável por:

    • Raciocínio: analisar informações e fazer inferências
    • Planejamento: determinar sequências de ações para atingir objetivos
    • Aprendizado: melhorar com a experiência
    • Tomada de decisões: escolher entre alternativas baseado em critérios

    O sistema cognitivo geralmente é construído sobre modelos de linguagem grandes (LLMs) como GPT-4, Claude, ou Llama, mas é aprimorado com capacidades específicas de raciocínio e planejamento.

    3. Sistema de Memória

    A memória é crucial para que um agente mantenha contexto e aprenda com experiências passadas:

    • Memória de curto prazo: mantém informações sobre a tarefa atual
    • Memória de longo prazo: armazena conhecimentos permanentes e experiências passadas
    • Memória episódica: registra sequências de eventos e interações
    • Memória reflexiva: permite ao agente avaliar seu próprio desempenho

    Implementações práticas de memória incluem desde simples históricos de conversas até bases de conhecimento vetoriais sofisticadas.

    4. Sistema de Atuação

    É aqui que o agente realmente se diferencia das IAs conversacionais básicas. O sistema de atuação permite que o agente:

    • Execute ações concretas em sistemas externos
    • Use ferramentas (como calculadoras, buscadores, APIs)
    • Manipule dados e documentos
    • Interaja com outros sistemas e agentes

    No desenvolvimento de um agente de suporte técnico que implementei, o sistema de atuação permitia que ele não apenas diagnosticasse problemas, mas também executasse scripts de correção, reiniciasse serviços e abisse tickets automaticamente quando necessário.

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    Como os AI Agents Funcionam na Prática: O Ciclo OODA

    O funcionamento de um AI Agent pode ser entendido através do ciclo OODA (Observar, Orientar, Decidir, Agir), um modelo adaptado de estratégias militares:

    1. Observar (Observe)

    Nesta fase, o agente coleta informações do ambiente através de seu sistema de percepção. Por exemplo, um agente de atendimento ao cliente observa:

    • A mensagem recebida do cliente
    • O histórico de interações anteriores
    • Os dados disponíveis sobre o cliente
    • As políticas da empresa aplicáveis

    2. Orientar (Orient)

    Aqui, o agente processa as informações coletadas e as contextualiza. Esta fase envolve:

    • Compreender o problema ou situação atual
    • Relacionar com conhecimentos prévios
    • Identificar padrões relevantes
    • Estabelecer prioridades

    3. Decidir (Decide)

    Com base na orientação, o agente determina um curso de ação. Isto inclui:

    • Avaliar alternativas possíveis
    • Prever resultados prováveis
    • Selecionar a melhor abordagem
    • Definir um plano de ação detalhado

    4. Agir (Act)

    Finalmente, o agente executa o plano definido. Isto pode envolver:

    • Usar ferramentas específicas
    • Interagir com APIs ou sistemas externos
    • Comunicar decisões a humanos ou outros agentes
    • Monitorar resultados para iteração

    Um exemplo concreto: em um sistema de e-commerce que implementei, o AI Agent responsável pelo gerenciamento de estoque:

    1. Observa níveis de estoque, tendências de vendas e dados de fornecedores
    2. Orienta-se analisando sazonalidades, prazos de entrega e margens de lucro
    3. Decide quais produtos reabastecer, em que quantidade e de quais fornecedores
    4. Age emitindo ordens de compra automaticamente e notificando o departamento logístico

    Este ciclo OODA é repetido continuamente, permitindo que o agente responda a mudanças no ambiente e aprenda com os resultados de suas ações.

    Diferenças Cruciais: AI Agents vs. Automação Tradicional

    Uma confusão comum é pensar que AI Agents são apenas automações mais sofisticadas. Na realidade, existem diferenças fundamentais que representam um salto evolutivo na tecnologia:

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    Em um projeto de análise de dados que participei, a diferença ficou clara quando:

    • A automação tradicional podia gerar relatórios pré-formatados conforme programado
    • O AI Agent podia detectar anomalias nos dados, investigar suas causas, formular hipóteses, testar diferentes análises e apresentar conclusões acionáveis – tudo sem intervenção humana

    Esta capacidade de raciocínio autônomo e resolução de problemas é o que torna os AI Agents verdadeiramente revolucionários.

    Arquiteturas Populares para Construção de AI Agents

    Existem várias abordagens para construir AI Agents, cada uma com suas vantagens. Vamos explorar as mais promissoras:

    1. Arquitetura ReAct (Reasoning + Acting)

    A arquitetura ReAct, desenvolvida por pesquisadores da Princeton University, combina raciocínio e ação em um ciclo integrado. O agente:

    1. Raciocina sobre a situação atual (pensando em voz alta)
    2. Planeja uma ação específica
    3. Executa a ação
    4. Observa o resultado
    5. Continua o ciclo com novo raciocínio

    Esta abordagem de "pensar em voz alta" tem se mostrado excepcionalmente eficiente para tarefas complexas que requerem planejamento estratégico.

    2. Arquitetura MRKL (Modular Reasoning, Knowledge and Language)

    O sistema MRKL (pronuncia-se "miracle"), desenvolvido pela Anthropic, integra:

    • Módulos de raciocínio especializado (calculadoras, sistemas de busca)
    • Bases de conhecimento externas
    • Capacidades de linguagem natural

    Esta abordagem modular permite combinar a flexibilidade dos LLMs com a precisão de ferramentas especializadas.

    3. Arquitetura de Agentes Reflexivos

    Os agentes reflexivos incorporam capacidades de autoavaliação e melhoria contínua:

    • Executam tarefas e armazenam resultados
    • Refletem sobre seu próprio desempenho
    • Ajustam estratégias baseados nessa reflexão
    • Aplicam insights aprendidos em futuras tarefas

    Como descobri em projetos recentes, esta capacidade de "metacognição" é crucial para agentes que precisam operar em ambientes altamente dinâmicos.

    4. Arquitetura Multi-Agentes

    Talvez a mais fascinante, os sistemas multi-agentes envolvem múltiplos AI Agents especializados trabalhando juntos:

    • Agentes com papéis específicos (pesquisador, crítico, implementador)
    • Protocolos de comunicação entre agentes
    • Mecanismos de consenso para tomada de decisão coletiva
    • Estruturas hierárquicas ou colaborativas

    Em um projeto de pesquisa de mercado, implementamos um sistema com três agentes especializados: um para coleta de dados, outro para análise estatística e um terceiro para geração de insights narrativos. A interação entre eles produziu análises muito mais sofisticadas do que qualquer agente individual poderia gerar.

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    Tecnologias Habilitadoras: O Que Torna os AI Agents Possíveis?

    Os AI Agents representam a convergência de múltiplos avanços tecnológicos. Vamos explorar as tecnologias-chave que os tornaram possíveis:

    1. Modelos de Linguagem Avançados (LLMs)

    Os LLMs como GPT-4, Claude e Llama 2 formam a base cognitiva dos agentes modernos, proporcionando:

    • Compreensão sofisticada de linguagem natural
    • Geração de texto coerente e contextual
    • Capacidades de raciocínio lógico
    • Adaptabilidade a diferentes domínios

    A evolução dos LLMs de modelos puramente preditivos para sistemas com capacidades de raciocínio foi um avanço crucial para os AI Agents.

    2. Frameworks Especializados

    Estruturas como LangChain e AutoGPT facilitam o desenvolvimento de agentes ao oferecer:

    • Abstrações para integração com ferramentas externas
    • Sistemas de memória pré-configurados
    • Componentes para gestão de planejamento
    • Mecanismos para execução de ações

    Como descobri ao implementar meu primeiro agente com LangChain, estes frameworks reduzem drasticamente a complexidade de desenvolvimento.

    3. Bancos de Dados Vetoriais

    Tecnologias como Pinecone, Weaviate e Milvus permitem:

    • Armazenamento eficiente de grandes volumes de informação
    • Recuperação semântica (por significado, não apenas por palavras-chave)
    • Atualização contínua da base de conhecimento do agente
    • Contextualização rápida para tomada de decisões

    4. Orquestradores de Ferramentas

    Sistemas que permitem aos agentes utilizar ferramentas externas:

    • Interfaces padronizadas para APIs
    • Bibliotecas de ferramentas pré-configuradas
    • Mecanismos de segurança para execução controlada
    • Monitoramento de uso de ferramentas

    Em um projeto recente, utilizei o LangChain Tools para permitir que um agente de análise financeira pudesse acessar calculadoras avançadas, buscadores de informações e APIs de dados de mercado – tudo através de uma interface unificada.

    Casos de Uso: Onde os AI Agents Já Estão Fazendo a Diferença

    Os AI Agents já estão sendo aplicados em diversos setores com resultados impressionantes:

    1. Atendimento ao Cliente Autônomo

    Agentes que vão muito além dos chatbots tradicionais:

    • Resolvem problemas complexos sem transferência para humanos
    • Acessam múltiplos sistemas para encontrar informações
    • Tomam decisões como aprovação de reembolsos ou exceções de política
    • Acompanham casos até sua resolução completa

    Uma empresa de e-commerce implementou um AI Agent que reduziu em 67% a necessidade de escalação para atendentes humanos, mantendo altos níveis de satisfação do cliente.

    2. Assistentes de Pesquisa e Desenvolvimento

    Agentes que potencializam a capacidade de pesquisadores:

    • Coletam e analisam literatura científica relevante
    • Projetam e simulam experimentos
    • Identificam inconsistências em conjuntos de dados
    • Sugerem novas hipóteses baseadas em resultados

    Na área de descoberta de medicamentos, AI Agents estão acelerando o processo de identificação de compostos promissores ao analisar milhões de combinações químicas e predizer suas interações.

    3. Gestão Autônoma de TI

    Agentes que revolucionam operações de TI:

    • Monitoram sistemas continuamente
    • Diagnosticam e resolvem problemas sem intervenção humana
    • Otimizam configurações baseado em padrões de uso
    • Implementam medidas preventivas antes que falhas ocorram

    Uma empresa de telecomunicações implementou um sistema de AI Agents que reduziu o tempo médio de resolução de incidentes de 45 minutos para menos de 5 minutos.

    4. Assistentes Pessoais Avançados

    Agentes que realmente merecem o título de "assistentes":

    • Gerenciam agendas e priorizam tarefas autonomamente
    • Preparam materiais para reuniões baseados em contexto
    • Executam pesquisas complexas e sintetizam resultados
    • Automatizam fluxos de trabalho completos

    Um agente desse tipo que implementei para um executivo conseguia preparar briefings completos para reuniões, incluindo análise de histórico de interações, pontos-chave de discussões anteriores e recomendações personalizadas – tudo isso automaticamente quando uma nova reunião era agendada.

    Desafios Técnicos na Implementação de AI Agents

    Apesar do enorme potencial, o desenvolvimento de AI Agents eficazes ainda enfrenta desafios significativos:

    1. Alucinações e Raciocínio Falho

    Os LLMs que formam a base dos agentes ainda podem:

    • Gerar informações incorretas com alta confiança
    • Cometer erros lógicos em raciocínios complexos
    • Falhar em detectar inconsistências em seus próprios outputs
    • Tomar atalhos ao invés de seguir processos completos

    Em um projeto de análise de dados, nosso agente ocasionalmente "inventava" correlações entre variáveis que simplesmente não existiam nos dados. Implementamos verificações cruzadas e avaliações de plausibilidade para mitigar este problema.

    2. Gerenciamento de Contexto

    Os agentes frequentemente enfrentam desafios com:

    • Janelas de contexto limitadas
    • Perda de informações importantes ao longo de interações extensas
    • Dificuldade em priorizar informações relevantes
    • Balanceamento entre contexto atual e conhecimento de base

    Para resolver isso, implementamos um sistema de memória híbrido com:

    • Resumos dinâmicos de interações anteriores
    • Armazenamento vetorial para recuperação semântica
    • Heurísticas para priorização de informações críticas

    3. Integração com Sistemas Externos

    A conexão com o mundo real através de APIs e ferramentas traz desafios:

    • Autenticação e segurança
    • Tratamento robusto de erros e exceções
    • Lidar com mudanças em APIs externas
    • Gestão de limites de taxa (rate limits)

    Nossa solução envolveu criar camadas intermediárias de abstração que padronizavam interfaces e implementavam mecanismos robustos de recuperação de falhas.

    4. Avaliação de Desempenho

    Medir a eficácia de um AI Agent é notoriamente difícil:

    • Métricas tradicionais de ML são insuficientes
    • Avaliação de qualidade subjetiva é custosa
    • O desempenho varia significativamente entre casos de uso
    • Difícil isolar contribuições de componentes individuais

    Desenvolvemos um framework de avaliação multidimensional que incluía:

    • Testes automatizados com cenários pré-definidos
    • Avaliação humana por amostragem
    • Métricas de resultados de negócio
    • Feedback contínuo dos usuários finais

    Implementação Prática: Construindo um AI Agent Básico

    Vamos explorar como construir um agente simples usando o framework LangChain. Este exemplo ilustrará os conceitos fundamentais:

    from langchain.agents import initialize_agent, Tool
    from langchain.agents import AgentType
    from langchain.chat_models import ChatOpenAI
    from langchain.tools import DuckDuckGoSearchRun
    from langchain.tools.python.tool import PythonREPLTool
    from langchain.memory import ConversationBufferMemory
    
    
    # Configurar o modelo de linguagem
    llm = ChatOpenAI(temperature=0, model="gpt-4")
    
    
    # Configurar memória
    memory = ConversationBufferMemory(memory_key="chat_history", return_messages=True)
    
    
    # Configurar ferramentas
    search = DuckDuckGoSearchRun()
    python_repl = PythonREPLTool()
    
    
    tools = [
      Tool(
          name="Buscador",
          func=search.run,
          description="Útil para procurar informações atualizadas na internet"
      ),
      Tool(
          name="Python REPL",
          func=python_repl.run,
          description="Útil para executar cálculos complexos e análises de dados"
      )
    ]
    
    
    # Inicializar o agente
    agent = initialize_agent(
      tools, 
      llm, 
      agent=AgentType.CHAT_CONVERSATIONAL_REACT_DESCRIPTION, 
      memory=memory,
      verbose=True
    )
    
    
    # Executar o agente
    response = agent.run(
      input="Analise os dados de inflação dos últimos 6 meses no Brasil e " 
      "faça uma projeção para os próximos 3 meses. Use dados reais."
    )
    

    Neste exemplo simples:

    1. Configuramos um LLM como "cérebro" do agente
    2. Adicionamos memória para manter contexto da conversa
    3. Equipamos o agente com ferramentas para busca web e execução de código Python
    4. Inicializamos o agente com arquitetura ReAct (embutida no AgentType escolhido)
    5. Determinamos uma tarefa complexa que requer busca de informações e análise

    O resultado seria um agente capaz de:

    • Buscar dados reais de inflação
    • Analisar tendências usando Python
    • Criar projeções baseadas nos dados encontrados
    • Apresentar uma análise completa em linguagem natural

    Para agentes mais avançados, adicionaríamos componentes como:

    • Sistema de memória vetorial para armazenamento de longo prazo
    • Ferramentas customizadas para domínios específicos
    • Mecanismos de auto-avaliação
    • Estratégias de decomposição de tarefas complexas

    O Futuro dos AI Agents: Para Onde Estamos Indo?

    Os AI Agents estão apenas no início de sua jornada evolutiva. Baseado nas tendências atuais e pesquisas emergentes, podemos antecipar algumas direções empolgantes:

    1. Agentes Multi-modal

    Os agentes do futuro próximo serão capazes de:

    • Processar e gerar múltiplos formatos de mídia (texto, imagem, áudio, vídeo)
    • Interagir com o mundo físico através de sensores e atuadores
    • Utilizar múltiplos canais de comunicação simultaneamente
    • Adaptar sua modalidade de interação ao contexto

    Imagine um agente de suporte técnico que possa analisar screenshots, ouvir descrições de problemas, verificar logs de sistema e demonstrar soluções através de vídeos gerados dinamicamente.

    2. Agentes Colaborativos Especializados

    Veremos ecossistemas de agentes trabalhando juntos:

    • Agentes com diferentes especialidades e capacidades
    • Protocolos sofisticados de comunicação inter-agentes
    • Capacidade de delegar subtarefas a agentes especializados
    • Formação dinâmica de "equipes" de agentes baseado em necessidades

    Esta abordagem imita organizações humanas, onde especialistas colaboram para resolver problemas complexos.

    3. Agentes Contínuos e Persistentes

    Em vez de interações isoladas, os agentes evoluirão para:

    • Manter relacionamentos de longo prazo com usuários
    • Acumular conhecimento personalizado ao longo do tempo
    • Antecipar necessidades baseado em padrões históricos
    • Evoluir suas capacidades baseado nas interações específicas

    Um exemplo seria um agente de produtividade que não apenas responde a solicitações, mas evolui para entender profundamente seus hábitos de trabalho, preferências de comunicação e metas profissionais.

    4. Agentes Autônomos com "Teoria da Mente"

    Os agentes mais avançados desenvolverão:

    • Compreensão sofisticada de intenções e estados mentais humanos
    • Modelos internos das capacidades e limitações dos sistemas com que interagem
    • Consciência de suas próprias limitações e incertezas
    • Capacidade de explicar seu raciocínio de forma transparente

    Esta evolução permitirá colaborações humano-agente muito mais naturais e eficazes.

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    Considerações Éticas e de Segurança

    O desenvolvimento de AI Agents cada vez mais autônomos traz questões importantes que devemos considerar:

    1. Alinhamento de Valores

    É crucial garantir que os agentes:

    • Operem dentro de parâmetros éticos claros
    • Priorizem o bem-estar humano em suas decisões
    • Respeitem limites apropriados de autonomia
    • Sejam resistentes a manipulação malintencionada

    Frameworks como "AI Constitutions" estão emergindo como formas de codificar diretrizes éticas em agentes.

    2. Transparência e Explicabilidade

    Agentes poderosos devem ser:

    • Transparentes sobre suas capacidades e limitações
    • Capazes de explicar seu raciocínio e decisões
    • Auditáveis por humanos quando necessário
    • Projetados para "falhar graciosamente" e sinalizar incertezas

    Em um projeto de AI Agent para triagem médica, implementamos um sistema de "níveis de confiança" que escalava para revisão humana sempre que o agente enfrentava casos ambíguos ou de alta consequência.

    3. Controle e Supervisão

    À medida que os agentes se tornam mais autônomos, precisamos:

    • Mecanismos eficazes de interrupção e correção
    • Sistemas graduais de autonomia baseados em desempenho comprovado
    • Frameworks robustos para testes de segurança
    • Protocolos claros para escalação humana

    4. Vieses e Equidade

    Os agentes herdam muitos dos desafios dos sistemas de IA:

    • Podem perpetuar preconceitos presentes nos dados de treinamento
    • Podem servir populações privilegiadas melhor que outras
    • Podem ter pontos cegos significativos em certos domínios
    • Podem privilegiar certos tipos de raciocínio sobre outros

    Nossa abordagem deve incluir avaliações contínuas de impacto e testes abrangentes com diversas populações e cenários.

    Conclusão: Uma Nova Fronteira para a IA e Automação

    Dominar a compreensão dos AI Agents é essencial para qualquer profissional de tecnologia moderno. Quando comecei a explorar inteligência artificial, mal entendia a diferença entre automação simples e sistemas realmente inteligentes. Agora, após experiências práticas com desenvolvimento de agentes, posso afirmar que estamos testemunhando o nascimento de uma nova categoria de tecnologia que vai redefinir como interagimos com sistemas digitais.

    Ao adotar AI Agents em nossos processos e fluxos de trabalho, podemos:

    • Automatizar tarefas complexas que antes requeriam inteligência humana
    • Criar sistemas que realmente aprendem e melhoram com o tempo
    • Escalar capacidades de tomada de decisão de forma sem precedentes
    • Estabelecer novos paradigmas de colaboração humano-máquina

    Os AI Agents não são apenas mais uma ferramenta em nosso arsenal tecnológico, mas sim o começo de uma nova relação com a tecnologia – uma onde sistemas digitais se tornam verdadeiros colaboradores, capazes de iniciativa, criatividade e resolução autônoma de problemas.

    Essa transição de ferramentas passivas para assistentes ativos e, eventualmente, colaboradores autônomos, representa uma das mais fascinantes fronteiras na evolução da inteligência artificial. À medida que construímos esses sistemas, estamos não apenas criando tecnologia mais capaz, mas redefinindo fundamentalmente o que significa ser humano na era da IA.

    Como desenvolvedor, pesquisador ou simplesmente entusiasta de tecnologia, o momento para começar a explorar o potencial dos AI Agents é agora. O futuro pertence àqueles que entenderem não apenas como usar essas tecnologias, mas como projetá-las, implementá-las e integrá-las de forma ética e eficaz.

    Referências

    1. Weng, L. (2023). "LLM Powered Autonomous Agents". Lil'Log. https://lilianweng.github.io/posts/2023-06-23-agent/
    2. Yao, S. et al. (2022). "ReAct: Synergizing Reasoning and Acting in Language Models". Princeton University. https://arxiv.org/abs/2210.03629
    3. LangChain Documentation (2023). "Agent Types". LangChain. https://js.langchain.com/docs/modules/agents/
    4. AutoGPT Repository (2023). GitHub. https://github.com/Significant-Gravitas/Auto-GPT
    5. OpenAI. (2023). "GPT-4 Technical Report". https://arxiv.org/abs/2303.08774
    6. Anthropic. (2023). "Constitutional AI: Harmlessness from AI Feedback". https://arxiv.org/abs/2212.08073
    7. Bubeck, S. et al. (2023). "Sparks of Artificial General Intelligence: Early experiments with GPT-4". Microsoft Research. https://arxiv.org/abs/2303.12712
    8. Multi-Agent Systems Community (2023). IEEE Foundation. https://www.ieee.org/
    9. Zhao, W.X. et al. (2023). "A Survey of Large Language Models". arXiv. https://arxiv.org/abs/2303.18
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