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Miguel Neto
Miguel Neto21/10/2023 01:05
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Demanda por profissionais de TI no agronegócio dispara, mas gap ainda é de 80%, revela estudo

    Segundo estudo da Agência Alemã de Cooperação Internacional, nos próximos 2 anos o setor do agronegócio deve gerar no Brasil cerca de 178 mil novas vagas exclusivas para profissionais que dominem as tecnologias digitais, mas haveria apenas 32,5 mil profissionais disponíveis para preencher essas vagas. Um gap de 82%.

    Para se ter ideia da dimensão deste setor para o desenvolvimento de uma carreira próspera, o agronegócio é um dos maiores empregadores do país, sendo responsável direta e indiretamente por um em cada três empregos.

    Hoje, 77% dos estabelecimentos agrícolas do país correspondem à agricultura familiar, e empregam cerca de 10 milhões de pessoas. Segundo estudo de 2021 feito pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), esse número deverá quase dobrar em 10 anos, chegando a 18,8 milhões de trabalhadores.

    Representando mais de 1/4 do PIB brasileiro, não é novidade que o agronegócio é uma verdadeira potência econômica e profissional. 

    No entanto, o que poucos sabem é que, com o aumento da demanda mundial por alimentos e a pressão para tornar o setor mais sustentável, os profissionais mais buscados pelo setor não são mais agrônomos ou veterinários, mas sim profissionais de tecnologia.

    Como um profissional de tecnologia pode trabalhar no agronegócio?

    O campo busca, através da digitalização, aumentar o rendimento do solo (e consequentemente a produção), gerir melhor os seus dados, agredir menos o meio ambiente, reduzir custos de produção e tornar mais eficientes os canais de distribuição de mercadoria. 

    Todos estão em busca de profissionais com habilidades digitais. Porém, empresas, produtores e indústria, têm deixado de implantar tecnologias por não encontrar profissionais capacitados.

    “Anteriormente, profissionais da área de software e TI eram caracterizados pela sua versatilidade em resolver problemas oriundos da computação. [...] hoje existe a necessidade de que esses profissionais se especializem em determinadas tecnologias ou áreas para estarem aptos a resolver os problemas específicos destes mercados.” explica estudo realizado em 2021 pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) em parceria com o Senai e com a UFRGS.

    No entanto, por conta da rápida evolução das tecnologias digitais, há um grande abismo entre o que se aprende durante a formação acadêmica e a necessidade real do campo.

    Fernando Reis, agrônomo com mais de 20 anos de experiência e CEO da Agro Advance, uma das maiores escolas voltadas ao agronegócio do Brasil, comenta sobre os déficits do ensino tradicional atual: “Tem muitas universidades que foram montadas meio que às pressas, porque tinha muito demanda, e elas não cuidaram tanto da qualidade técnica mesmo da formação”.

    Áreas de atuação

    Dentre as opções disponíveis, destacam-se a de gestor do agronegócio. Responsável por estruturar, implementar e monitorar projetos digitais em propriedade agrícolas, o profissional também conhecido como Agro Digital Manager não precisa ter diploma em agronomia ou medicina veterinária para exercer sua profissão - muito menos precisa morar no campo. 

    Trata-se de um cargo de liderança cuja função primordial é identificar demandas no campo e propor as soluções tecnológicas cabíveis. 

    Além desta, outras opções mais técnicas em relação ao uso das tecnologias também estão em alta. É o caso do operador de drones, do analista de dados, o designer de máquinas agrícolas e o técnico em agricultura digital.

    Para Fernando, as oportunidades no agro são inúmeras e a robustez do setor garante melhores empregos, maiores remunerações e melhores oportunidades de crescimento para profissionais da área de dados e tecnologia.

    Falta de profissionais assusta empresários, mas gera oportunidades

    “Apenas nas grandes fazendas, até 2030 o déficit projetado chega a 64% para técnicos em agricultura digital; ou seja, de cada dez vagas ofertadas, menos de quatro serão preenchidas.” , revela o mesmo estudo da GIZ, em parceria com o SENAI e a UFRGS.

    Fernando Reis é um dos empresários que vive na prática o gap do mercado agro: “Nas indústrias, tanto na Gênica quanto na Nitro, a hora que a gente ia contratar, montar time [...] na verdade tinha orçamento e um plano de contratar muita gente, só que a gente nunca conseguiu contratar o tanto de vaga que tinha disponível, porque não tinha profissional.”, explica o empresário.

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    Comments (2)
    Carlos Alecrim
    Carlos Alecrim - 21/10/2023 15:46

    Um sistema que utiliza reconhecimento de imagem, implantado em um drone que possa, usando o algoritmo de busca da formiga , capturar a imagem de uma folha e verificar se esta tem alguma doença conforme ja catalogada no banco de imagens da embrapa por exemplo, notificando uma central, para que possam tomar uma decisão o mais rapido possivel para não haver perdas maiores de produção.

    Iot, raspberry, python, opencv, keras, o drone, mqtt, postgresql, mongo quem sabe, power bi, conhecimento sobre gps e por ai vai.

    Mawote Melo
    Mawote Melo - 21/10/2023 05:44

    A agricultura digital está focado no processo que conduz a coleta de dados que possa facilitar a tomada de decisões fundamentalmente do produtor que propiciam o aumento da produtividade, além de que sua implantação pode, diretamente, aumentar a produtividade das empresas e produtores do setor. Porém, nossa contribuição nesta postagem se encerra na explicitação das áreas tecnológicas fundamentais atualmente utilizadas na agricultura digital, para aclarar ainda mais os membros da nossa comunidade da Dio, que são: Inteligência artificial, mineração de dados, realidade aumentada, cloud computing, machine learning, big data e computação holográfica, além de outras tendências.

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