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Guilherme Galanti
Guilherme Galanti17/10/2025 09:07
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Os 7 Níveis de Programadores: De "Perdido" a Dono de Negócios

  • #Machine Learning
  • #Python
  • #React
  • #JavaScript

A jornada de um programador é uma constante evolução, mas poucos sabem exatamente quais são os marcos que definem cada estágio. O que separa um júnior de um sênior? E um sênior de um founder?

Analisando milhares de carreiras, podemos definir 7 Níveis de Programação, cada um com suas armadilhas e seus grandes saltos. Descubra onde você está e qual é o seu próximo desafio.

Se preferir, pode assistir o vídeo em meu canal do YouTube!

1. PERDIDO

Receita pra Carreira Dev Dar Errado: Ser o Programador Perdido.

Este é o estágio de quem tem alto potencial, mas não sabe para onde ir. É o mestre em fazer dezenas de cursos, pulando de Python para JavaScript, e de volta para Java, sem consistência.

  • A Armadilha: Acumula certificados, mas não consegue entregar projetos práticos (zero portfólio). Fica preso na teoria e não avança para a execução.
  • O Próximo Passo: Focar em uma única stack e criar o seu primeiro projeto funcional, mesmo que seja simples.

2. AMANTE DE LINGUAGEM

Receita pra Carreira Dev Empacar: Virar o Amante de Linguagem.

Aqui, o programador cruzou o primeiro abismo. Ele domina uma linguagem a fundo e entende os conceitos essenciais da Ciência da Computação (algoritmos e lógica). Mas ele a ama demais.

  • A Armadilha: A "Solução Martelo". Tenta usar sua linguagem favorita para todos os problemas, gastando energia onde ela não é eficiente (ex: forçar uma linguagem de backend para construir um frontend).
  • O Próximo Passo: Ser pragmático. Entender que o mercado recompensa soluções eficientes, não o amor incondicional. Olhar além da sintaxe e focar na interoperabilidade.

3. APEGADO A FRAMEWORK

O Grande Salto, e o Próximo Obstáculo Dev: O Apegado a Framework.

Este é o ponto de transição para o nível Júnior. O prazer de desenvolver software que funciona (seu primeiro to-do list) e o uso de ferramentas de controle de versão (como o GitHub) são as grandes conquistas.

  • A Armadilha: A "Paixão Cega". Vê o framework (React, Angular, etc.) como a solução mágica, ignora os conceitos puros da linguagem e não se preocupa com a integração completa com o back-end e banco de dados.
  • O Próximo Passo: Ir além da abstração. Entender o porquê o framework foi construído daquela forma e começar a pensar em como o seu front-end se conecta com o resto do sistema.

4. ESPECIALISTA

A Nível de 90% dos Profissionais: O Especialista.

Este programador tem no mínimo um ano de experiência de mercado. Ele domina sua área (Back-end, Front-end ou Machine Learning) e estuda regularmente, mas tem um calcanhar de Aquiles fatal:

  • A Armadilha: Não sabe conectar as partes do software. Domina seu escopo, mas não entende como a informação flui do banco de dados até a interface e vice-versa.
  • O Próximo Passo: Expandir a visão. Entender como a Web funciona, como gerenciar dados e, finalmente, conectar o Front com o Back. O objetivo é a integração total.

5. FULL STACK

O Engenheiro de Integração: O Full Stack.

Ele sabe integrar tudo: criar banco de dados, construir back-end, front-end e subir a aplicação em um servidor (levantar a máquina).

  • O Grande Salto: Domínio do Docker (para criar ambientes isolados) e entendimento profundo do protocolo HTTP(S). Ele não é mais refém de uma única parte do sistema.
  • A Armadilha: Se contenta em fazer tudo "funcionar razoavelmente bem", mas ainda não domina a arquitetura e a escalabilidade.
  • O Próximo Passo: Mudar o foco da funcionalidade para a estrutura. Pensar em como o software seria construído para rodar em milhões de usuários.

6. FULL CYCLE

O Arquiteto da Solução: O Full Cycle.

Este é o programador que cria o produto inteiro de ponta a ponta. Ele domina a programação, testes, estratégia de UX, e o deployment na nuvem (AWS/GCP).

  • O Foco: O papo dele não é mais sobre linguagem (Node, PHP, Java), mas sobre Arquitetura. Ele abstraiu a tecnologia e sabe desenhar sistemas escaláveis e complexos.
  • O Próximo Passo: Entender o negócio. Se ele domina a criação do software, agora precisa entender como esse software gera receita.

7. DONO DE NEGÓCIOS

A Evolução Final da Carreira Dev: O Dono de Negócios.

É aqui que o foco muda da programação para a monetização. Muitos Sêniores e Full Cycles estão deixando grandes empresas para seguir este caminho, abrindo suas próprias startups.

  • O Skill Set: Domínio de Modelos de Negócio, estratégias de venda, marketing e o fluxo de clientes. Ele não só programa, mas também emite notas, lida com contabilidade e vende seu produto.
  • A Diferença: Ele usa a programação como uma ferramenta de criação de valor e não como um fim em si mesma.

E você, em qual nível se encontra hoje? Compartilhe nos comentários qual é o seu próximo objetivo de evolução na carreira!

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Comments (4)
Edmundo Batista
Edmundo Batista - 17/10/2025 11:09

É verdade, Guilherme. Pra começar, adorei a capa do seu artigo, retrata bem o momento de vários devs.. rsrs

Infelizmente o próprio sistema concorre contra o dev, acorrentando-o na fase 1 da sua observação. Em comentários ou apresentações de professores ou outros tipos de profissionais experientes na área Tech sempre observo que por exemplo: "sou expert em Javascript e Python". Ou seja, a pessoa perde menos tempo tentado adaptar tudo em sua stack mais enxuta do que fazendo milhares de cursos e empilhando certificados. Porém, quando digo que o sistema concorre contra o dev, quero dizer que a maioria das vagas de emprego solicita 1 trilhão de especialidades, formações, que talvez nunca vá utilizar no fluxo real e necessidades da empresa, e acaba limando milhares de profissionais excelentes. Além disso ainda tem o algoritmo, que pode limar ainda mais a pessoa. Acaba que a maioria das pessoas fica frustrada, desanimada, por não saber pra onde apontar, e sempre fica achando, no final, que o problema é com ela...

Então o que ocorre é uma resposta padrão das empresas: "Seu currículo é excelente, mas infelizmente você não está alinhado com a vaga (do pov da empresa, é claro)".

E enquanto a transparência nos feedbacks e processos seletivos das empresas não chega, continuamos no escuro. Eu sempre defendi que as empresas precisam dizer com clareza no que você não está alinhado, para que você possa melhorar, se for o caso.

DIO Community
DIO Community - 17/10/2025 09:45

Excelente, Guilherme! Que artigo incrível e super completo sobre os 7 Níveis de Programadores! É fascinante ver como você aborda a jornada de um desenvolvedor como uma evolução constante que exige a superação de armadilhas e o domínio de novos skill sets em cada estágio.

A sua história, que prova que o talento está distribuído por toda parte e que a tecnologia deve ser um campo para todos, é a melhor resposta para o paradoxo da inclusão. A diferença entre um candidato sem experiência e um candidato que está em transição de carreira é que o candidato em transição de carreira tem uma visão de mundo que é um ativo valioso para a inovação.

K

Kauã - 17/10/2025 09:41

Fui lendo cada etapa e me identifiquei em 5. Conteúdo extremamente curioso e verdadeiro.

Aline Fernandes
Aline Fernandes - 17/10/2025 09:36

Interessante seu texto!

Ainda me encontro no modo 1 hahaha

Reconhecer é o primeiro passo para voltar a ter foco e determinação.