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Guilherme Santos15/08/2025 08:38
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SQL vs NoSQL: Entendendo as diferenças e trabalhando com os dois no mesmo projeto

  • #SQL
  • #NoSQL

Quando começamos a estudar bancos de dados, é comum que as primeiras aulas sejam sobre SQL (Structured Query Language) e bancos relacionais. Mais tarde, nos deparamos com o termo NoSQL e, para muitos, surge uma confusão:

"NoSQL significa ‘não SQL’, ou seja, algo totalmente diferente, certo?"
Não exatamente.

O que realmente significa NoSQL?

O termo NoSQL foi popularizado para indicar bancos de dados que não seguem exclusivamente o modelo relacional. Porém, a interpretação mais precisa é "Not Only SQL" (não apenas SQL).

Isso significa que, embora os bancos NoSQL tenham surgido como alternativas aos relacionais, eles não são necessariamente substitutos diretos, mas sim soluções voltadas para necessidades e contextos diferentes.

Diferenças principais

  • SQL (Relacional)
  • Estrutura de dados baseada em tabelas.
  • Uso de schema fixo (estrutura predefinida).
  • Ideal para dados que precisam de relacionamentos claros e consistência.
  • Exemplos: MySQL, PostgreSQL, Oracle Database.
  • NoSQL (Não Relacional)
  • Estrutura de dados mais flexível (documentos, chave-valor, grafos, colunas).
  • Schema dinâmico (ou inexistente).
  • Focado em alta escalabilidade e velocidade de leitura/escrita.
  • Exemplos: MongoDB (documentos), Redis (chave-valor), Neo4j (grafos), Cassandra (colunas).

Exemplo prático — Sistema de Restaurante

Imagine que você está desenvolvendo o sistema de um restaurante.

  • NoSQL (ex.: MongoDB):
  • Você pode armazenar o cardápio em formato de documentos, pois ele é dinâmico e muda com frequência.
  • Exemplo de documento:
{
"categoria": "Pizzas",
"itens": [
  { "nome": "Mussarela", "preco": 35.90, "ingredientes": ["mussarela", "molho de tomate", "orégano"] },
  { "nome": "Calabresa", "preco": 39.90, "ingredientes": ["calabresa", "mussarela", "molho de tomate"] }
]
}
  • Se amanhã o chef criar um prato novo, basta inserir um novo documento sem precisar alterar a estrutura de tabelas.
  • SQL (ex.: PostgreSQL):
  • Para a parte financeira e pagamentos, um banco relacional é mais indicado, pois exige consistência e transações seguras.
  • Exemplo de tabelas:
CREATE TABLE pedidos (
  id SERIAL PRIMARY KEY,
  cliente_id INT,
  valor_total DECIMAL(10,2),
  data TIMESTAMP
);

CREATE TABLE pagamentos (
  id SERIAL PRIMARY KEY,
  pedido_id INT REFERENCES pedidos(id),
  metodo_pagamento VARCHAR(20),
  status_pagamento VARCHAR(20),
  data TIMESTAMP
);
  • Aqui, cada pagamento está ligado a um pedido, garantindo integridade e rastreabilidade.

➡️ Assim, o cardápio vai para o NoSQL pela flexibilidade e agilidade nas mudanças, e a parte financeira/pagamento fica no SQL para garantir segurança, integridade e auditoria.

Trabalhando com os dois juntos

O mais interessante é que não precisamos escolher um ou outro. Muitos sistemas modernos combinam SQL e NoSQL para aproveitar o melhor de cada abordagem.

Um e-commerce, por exemplo, pode usar PostgreSQL para gerenciar pedidos e estoque, e MongoDB para armazenar avaliações e histórico de navegação do usuário.

Conclusão

No final das contas, SQL e NoSQL não são rivais — são ferramentas complementares. Entender suas diferenças e pontos fortes é o que permite construir soluções mais eficientes, escaláveis e adequadas a cada cenário.

Na próxima vez que ouvir “NoSQL”, lembre-se: não significa ‘sem SQL’, mas sim ‘não apenas SQL’. E, muitas vezes, a melhor escolha é… usar os dois!

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